Terça-feira, 12 de abril de 2016 às 18h33


Meio ambiente: nem só de tragédias político-econômicas vive o pior governo que o Brasil já teve. Depois de Belo Monte e Mariana, caso não seja impedido, o governo brasileiro vai invadir o Rio Tapajós com outra obra espetacular, em que participa a Camargo Corrêa – uma das empresas envolvidas na Lava Jato. Ainda este ano pode ir a leilão a Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, uma meta do governo Dilma Roussef, para resolver os problemas de energia elétrica do país.

A exaustão dos recursos hídricos do planeta, em vários pontos da Terra já exauridos pela mão humana e as mudanças climáticas, lentamente estão cobrando o preço da negligência e falta de atenção com a Natureza que levou milhões de anos para germinar e desenvolver-se e rapidamente está sendo destruída pela ganância. Nesse sentido, o de repensar a preservação do meio ambiente em que vivemos, foi divulgado hoje, um relatório da organização Surfrider, que alerta para a poluição dos plásticos nos oceanos, que também veremos aqui.

Veja hoje, na reportagem do Greenpeace, o documentário sobre a tragédia que varreu uma cidade do mapa e ainda ameaça o arquipélago de Abrolhos, há centenas de quilômetros do rompimento da barragem de Mariana, sob responsabilidade da Samarco. Na sequência de Meio Ambiente, publicaremos um resumo sobre o outro desastre que pode ocorrer no coração da Amazônia, e afetar a vida não só dos brasileiros.

 

Rio de Lama: A maior tragédia ambiental do Brasil Cenário do curta-documentário Rio de Lama, comunidade de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), foi totalmente devastada pela força da lama liberada pelo rompimento da barragem da Samarco. © Tadeu Jungle

Rio de Lama: A maior tragédia ambiental do Brasil | Cenário do curta-documentário Rio de Lama, comunidade de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), foi totalmente devastada pela força da lama liberada pelo rompimento da barragem da Samarco. © Tadeu Jungle

A maior tragédia ambiental do Brasil em Realidade Virtual

Do Greenpeace

Filme em realidade aumentada propõe imersão total do espectador ao mostrar a destruição do município de Bento Rodrigues e das pessoas que ali viviam, hoje desabrigadas e quase esquecidas.

“Isso aqui é só a gente que viu que pode contar”. A dura realidade da região de Mariana (MG) e das pessoas atingidas pelo rompimendo da barragem da Samarco em novembro de 2015 é melancolicamente contada no delicado documentário curta-metragem Rio de Lama: A maior tragédia ambiental do Brasil. Dirigido por Tadeu Jungle, o filme foi gravado com uma nova tecnologia de Realidade Virtual, que propõe a total imersão do espectador na história.

 

RIO DE LAMA

 

O curta foca sua narrativa na vila de Bento Rodrigues, uma comunidade nos arredores de Mariana que foi totalmente destruída pela força da lama – no total, dezenove pessoas morreram. Ao mostrar o que sobrou do lugar, das pessoas e de suas vidas, o diretor contrasta um cenário devastado com memórias felizes de um recente passado. “Eles sabem que não vão voltar nunca mais para suas casas. Aqui só restou a memória”, diz o narrador.

Para Tadeu Jungle, o futuro da região está nas mãos da sociedade civil organizada. “Até agora as ações por parte do governo foram morosas e a comunidade atingida sofre. A primeira coisa que a Samarco deseja é que tudo seja esquecido o mais breve possível. O filme é uma peça que busca contribuir para que isso não aconteça”. Ao final do filme, o diretor pede que um “Memorial de Mariana” seja construído em homenagem aos moradores da região.

Rio de Lama: A maior tragédia ambiental do Brasil está disponível na íntegra gratuitamente. A versão imersiva, em Realidade Virtual, está disponível tanto na AppStore como no GooglePlay (para saber como assistir a um filme em realidade aumentada, clique aqui - você será direcionado ao YouTube). É possível assistir também a versão em tela plana, disponibilizada no YouTube, além da Visão do Diretor por trás das câmeras.

Sobre o diretor

Diretor e roteirista de filmes, programas de TV e projetos em Realidade Virtual, Tadeu Jungle criou e dirigiu um longa de ficção, dois documentários, diversos vídeos e projetos de arte, além de programas de sucesso para a televisão. É sócio na produtora Academia de Filmes, onde já dirigiu mais de 500 comerciais.

Rio de Lama é o seu mais recente filme. “A realidade virtual transporta o espectador para o local onde a cena foi filmada. Acredito que esse novo ponto de vista cause um impacto maior e fale diretamente com o coração, e não apenas com a razão de quem assiste. Você sendo levado ao lugar do “outro” ajuda a melhor entender o cenário de dor”, explica Jungle, que promete continuar explorando a Realidade Virtual em próximos projetos.

RIO DE LAMA, VISÃO DO DIRETOR

 

Modelos também sugerem que, durante o inverno no hemisfério Sul, a região poderá ter redução na quantidade de chuva de 30% a 40% (foto: Wikimedia Commons)

Modelos também sugerem que, durante o inverno no hemisfério Sul, a região poderá ter redução na quantidade de chuva de 30% a 40% (foto: Wikimedia Commons)

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