Terça-feira, 29 de março de 2016 às 19h56
A nau que já estava sem rumo, ficou sem remo, depois que o PMDB anunciou sua saída do governo.
Gerson Soares
Em reunião que durou menos de cinco minutos, o maior partido do país deixou de estar ao lado do governo petista de Dilma Roussef, confirmando o rompimento prenunciado, mesmo depois de o vice-presidente Michel Temer encontrar-se com o ex-presidente Lula em São Paulo, nesta segunda-feira (29).
Brasília - Em reunião na Câmara dos Deputados, o Diretório Nacional do PMDB decidiu hoje (29) deixar a base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Dilma cancelou uma viagem aos Estados Unidos para evitar que a data histórica da debandada se acentuasse com Temer assumindo a presidência durante o período em que estivesse forado país. Na reunião, decidido por aclamação, ficou decidido que nenhum integrante do PMDB está autorizado a exercer ou assumir qualquer cargo no governo, sob pena de processo ético contra o filiado”.
Mas a decisão constrangeu alguns ministros que não pretendiam deixar suas pastas até pouco antes da decisão do partido, como por exemplo Celso Pansera da Ciência e Tecnologia. O prazo para que todos os peemedebistas desembarquem totalmente do governo é o dia 12 de abil.
Hoje, o governo perdeu mais um importante aliado no Senado, o senador Waler Pinheiro (BA), deixou o partido ao qual estava filiado desde 1983. A nau governamental perde tripulantes e o rumo custa ser corrigido, se é que ainda poderá ter alguém no leme.
Com informações da Agência Brasil, veja.com e folha.uol
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