Quarta-feira, 30 de agosto de 2017 às 07h38


Apesar de importante para regular os modos e estimular o cavalheirismo, a campanha preocupa no sentido de que nem sempre é possível evitar o contato entre os passageiros. No entanto, é preciso lembrar que a lotação excessiva nos transportes leva a situações constrangedoras tanto para homens quanto às mulheres. Transportados como sardinhas enlatadas usuários têm poucas opções, de qualquer forma o respeito mútuo deve imperar, já que a qualidade dos transportes está longe de ser solucionada. 

Leia a notícia veiculada no final da tarde de ontem (29). 

 


SMT e SPTrans participam da campanha de combate ao abuso sexual nos transportes. A ação propõe uma mudança de cultura que estimule as vítimas de abuso sexual e as pessoas que presenciem algum caso a denunciarem os agressores.

Prefeitura | Da assessoria SMT

A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT) e a São Paulo Transporte (SPTrans) participam da campanha “Juntos podemos parar o abuso sexual nos transportes”. O objetivo é buscar a cooperação de instituições públicas e privadas para combater a violência sexual nos transportes. A campanha propõe uma mudança de cultura capaz de estimular vítimas de abuso sexual e pessoas que presenciem algum caso a denunciarem os agressores para que sejam punidos e, ao mesmo tempo, para inibir futuras agressões.

 

Ponto de ônibus na estação Tatuapé do Metrô: mulheres se apertam no interior do coletivo e ao mesmo tempo disputam a entrada com os homens, em ônibus superlotados. Foto: aloimage / arquivo

 

“É uma campanha de extrema importância para que as pessoas, em especial as mulheres, possam utilizar o transporte público sem serem agredidas, sem se sentirem ameaçadas. Se quisermos um transporte seguro, com qualidade, precisamos abolir essa prática e a denúncia é de extrema importância”, afirma o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda.

Serão veiculados cartazes em todos os meios de transporte público, vídeos, além de postagens nas redes sociais de todas as instituições participantes. Antes do lançamento, foram realizados seminários de sensibilização direcionados aos funcionários das empresas de transporte. O objetivo foi prepará-los para o atendimento das vítimas.

Outro aspecto importante da campanha são programas de reeducação direcionados aos abusadores, uma vez que apenas a punição nem sempre é suficiente para uma mudança de conduta. O sociólogo Sérgio Barbosa foi responsável pela concepção do programa, que será realizado em duas edições, nos meses de outubro e novembro.


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A Prefeitura de São Paulo, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo, a SPTrans, o Tribunal de Justiça de São Paulo, o Ministério Público de São Paulo, o Governo de São Paulo, a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, a CPTM, o Metrô, a EMTU, a Estrada de Ferro Campos do Jordão (EFCJ), a ViaQuatro, a Ordem dos Advogados do Brasil, a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Secretaria da Segurança Pública são instituições que participam da campanha.

SPTrans promove valores como o respeito nos ônibus

A SPTrans mantém ações preventivas contra atos de violência e discriminação nos ônibus, promovendo valores como o respeito. As orientações são realizadas por meio do Jornal do Ônibus, afixado nos coletivos, e nos perfis institucionais da companhia nas redes sociais.

Nos casos de abuso sexual no interior dos ônibus, a SPTrans recomenda que o motorista seja comunicado imediatamente e conduza o veículo até a delegacia de polícia mais próxima. Lá, a vítima poderá registrar um boletim de ocorrência e receber amparo das autoridades policiais, que tomarão as providências cabíveis.

Nos casos em que o autor do assédio seja o motorista ou cobrador, além do boletim de ocorrência, a vítima deverá registrar a agressão nos canais de comunicação da SPTrans, pelo telefone 156 ou pelo site www.sptrans.com.br/sac, para que medidas imediatas possam ser adotadas.

Mercadão, localizado no centro de São Paulo. Foto: Porto Bay Hotels & Resorts (Flickr), via Wikimedia Commons

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