Publicado em 08 de outubro de 2013

 

LEIA A ÍNTEGRA DA REPORTAGEM PUBLICADA NA EDIÇÃO Nº 159 | OUTUBRO DE 2011 DA REVISTA ALÔ TATUAPÉ, LOGO APÓS A ENTREGA DA PONTE ESTAIADA DOM LUCIANO MENDES DE ALMEIDA

Ponte estaiada Dom Luciano Mendes de Almeida - Agosto de 2011: Compare com a imagem de 2001, onde pode ser visto o desenho proposto por Alô Tatuapé, ainda sem as alças de acesso.

Ponte estaiada Dom Luciano Mendes de Almeida – Agosto de 2011: Compare com a imagem de 2001 no final desta reportagem, onde pode ser visto o desenho proposto por Alô Tatuapé, ainda sem as alças de acesso.

Finda o caos numa das áreas mais valorizadas da cidade, que até então só amargava o tempo perdido no trânsito e as multas dos marronzinhos.

A travessia da Avenida Salim Farah Maluf, através da Rua Padre Adelino foi finalmente facilitada por uma obra que até embeleza e valoriza o seu entorno. A memória de muitas famílias reside vizinha, agora mais tranquila, no Cemitério da 4ª Parada. Até a inauguração do Complexo Viário Padre Adelino, para atingir o outro lado da avenida, o motorista tinha de fazer peripécias por ruas transversais indo até a Água Rasa, à Avenida Celso Garcia retornando pela Rua Restinga ou enfrentar uma fila imensa de veículos, que muitas vezes chegou até a Praça Sílvio Romero de um lado e Avenida Álvaro Ramos de outro. Uma confusão de carros, caminhões, acidentes e farta matéria-prima para a indústria de multas.

Todos esses fatos e a cobrança por providências foram relatadas sequencial e ininterruptamente por Alô Tatuapé durante os meses de Março de 2001 (edição nº 46) a Dezembro de 2002 (edição nº 67), sempre publicando respostas das autoridades aos questionamentos, quanto à possibilidade do projeto e a participação dos moradores no assunto.


Leia toda a cronologia das reportagens em Complexo Viário Padre Adelino, origem ou CVPA


Após a publicação da reportagem em março de 2001 (Trânsito amarrado e sufoco na Padre Adelino, cuja capa mostrou o caos instalado no local e a volúpia pelas multas), no mês de abril daquele ano a revista encomendou um desenho em perspectiva à Associação Leste dos Profissionais de Engenharia e Arquitetura da Cidade de São Paulo (ALEASP), no que dizia respeito à implantação de um viaduto com alças de acesso. A esse desenho foram feitas algumas modificações com recursos de computação gráfica e conseguimos adaptá-lo sobre uma foto do local, feita a partir do ponto mais alto do SESC Belenzinho (ainda em reforma e implantação), demonstrando graficamente a ideia de como seria essa obra que viabilizaria a melhora do trânsito no local, tão almejada pela população.

Esse desenho foi publicado na edição nº 47 (Abril/2001), como fotomontagem e lembramos na época a lógica necessidade das aprovações por parte do CET e da Prefeitura, já que a ideia era apenas chamar a atenção para a viabilidade do projeto, ao qual denominamos pela primeira vez de Complexo Viário Padre Adelino, sendo essa a melhor forma para titularmos a reportagem daquele mês determinando a evidente complexidade do objetivo.

Durante aquele período e até os dias atuais, alternaram-se os interesses políticos, imobiliários, eleitoreiros, publicitários, vaidades, mas o que sempre norteou as reportagens da revista foi o interesse popular. Para saber até onde uma obra desse porte satisfaria os usuários envolvidos, Alô Tatuapé promoveu debates e pesquisas no local, constatando o que já era óbvio: Moradores, transeuntes e principalmente os motoristas eram a favor da obra. Daí em diante muitas águas rolaram até que o Complexo Viário Padre Adelino tomasse forma para ser concluído e entregue à população.

Ainda falta sinalizar com mais objetividade o local; os acessos, entradas e saídas. Nesse intuito tentamos falar com a CET, responsável pelo assunto, mas esbarramos na burocracia. A Companhia de Engenharia de Tráfego, órgão da Secretaria Municipal de Transportes da Prefeitura de São Paulo, mantém uma assessoria de imprensa centralizada e por mais tentativas que tivéssemos feito para obter respostas adequadas ou permissão, não conseguimos conversar diretamente com a GET3 ou seus representantes da Divisão Brás, que teriam cuidado da implantação do complexo, segundo raras informações desencontradas, obtidas através de telefonemas.

Com a presença do prefeito Gilberto Kassab, a Prefeitura do município de São Paulo entregou o Complexo Viário Padre Adelino no dia 28 de agosto. O deputado federal Ricardo Izar Jr. (ao microfone) compareceu ao evento e pediu para que a população da parte mais antiga do bairro não fosse esquecida quanto aos acessos.

Com a presença do prefeito Gilberto Kassab, a Prefeitura do município de São Paulo entregou o Complexo Viário Padre Adelino no dia 28 de agosto. O deputado federal Ricardo Izar Jr. (ao microfone) compareceu ao evento e pediu para que a população da parte mais antiga do bairro não fosse esquecida quanto aos acessos.

O deputado federal Ricardo Izar Jr., esteve presente na inauguração. Sua família tem raízes de vida próximo ao local, na parte antiga do Tatuapé, e sensibilizado pelas dificuldades ainda encontradas pelos moradores dessa porção do bairro enviou ofício ao presidente da CET, Marcelo Cardinali Branco, a fim de que fosse viabilizada uma faixa reversiva na saída da Rua Restinga com a Salim Farah Maluf.

Numa tardia e tumultuada resposta ao nosso e-mail, a assessoria de imprensa da CET informou que essa providência já havia sido tomada. Tanto melhor, já que em seu objetivo maior os órgãos públicos devem atentar aos anseios da população. A obrigatoriedade de os veículos de comunicação reportarem-se ao filtro da assessoria de imprensa central e esta não permitir o acesso direto aos responsáveis pela implantação de sinalizações e mãos de trânsito, causa a impressão de que exista uma blindagem no órgão.

Devido a essa forma branda de censura, não conseguimos obter informações quanto ao acesso dificultado à Radial Leste por parte de quem mora abaixo da Rua Melo Peixoto. O motorista que estiver nessa via, só poderá atingir a Radial através da ponte construída na Rua Catiguá, sentido Belém, para depois alcançar a Rua Engº Reinaldo Cajado e convergir pela Rua Irmã Carolina, desembocando no pesado trânsito da Av. Salim Farah Maluf, onde deverá contar com a perícia para acessá-la, já que não foi criado nenhum dispositivo de acesso rápido, obrigando o motorista a uma conversão bastante arriscada. A outra opção seria a Rua Ulisses Cruz ou atravessar o Viaduto Azevedo e aumentar o trânsito que se adensa nas vias que dão acesso à congestionada Radial Leste.

Nota da Redação: Hoje no local foram colocados cones para desviar o trânsito da vida local da Av. Salim Farah Maluf, a fim de facilitar o acesso dos motoristas que convergem à essa via pela Rua Irmã Carolina.

 

Abril de 2001: Fotomontagem e desenho de duas pontes (ainda sem as alças de acesso) propostas pela revista Alô Tatuapé.

Abril de 2001: Fotomontagem e desenho de duas pontes (ainda sem as alças de acesso) propostas pela revista Alô Tatuapé.