Terça-feira. 10 de maio de 2016 às 16h25


E a consulta a um especialista é o ideal, além do que, os médicos advertem que o uso abusivo de analgésicos pode levar à piora da doença tornando-a crônica. Leia a reportagem da Academia Brasileira de Neurologia.

Um dos principais e mais comuns problemas de saúde no mundo, a dor de cabeça, conhecida como cefaleia pela comunidade médica, afeta uma grande parcela da população mundial e não tem distinção de idade, gênero, etnia ou condição social. Dependendo de sua intensidade, pode afetar a vida profissional e social do indivíduo e, por isso, investigar suas causas é essencial para tratá-la.

 

Cefaleia: não tome medicamentos sem antes consultar um médico. Foto: divulgação / ABN

Cefaleia: não tome medicamentos sem antes consultar um médico. Foto: divulgação / ABN

 

Com a proximidade do Dia Nacional de Combate à Cefaleia, 19 de maio, a Academia Brasileira de Neurologia (ABN) destaca a relevância da data para ressaltar a importância de avaliar e examinar adequadamente os portadores de Cefaleia. “Aos pacientes, é imprescindível esclarecer os vários tipos de dores de cabeça e desmistificá-las”, afirma Mauro Jurno, coordenador do Departamento Científico de Cefaleia da ABN.

O passo inicial para o tratamento e diagnóstico adequado é deixar de lado o senso comum de que é normal sentir uma “dorzinha” de cabeça ocasionalmente: o sintoma é um indicativo de alerta para algo de errado. A busca por um médico especializado, nesses casos, é essencial: só ele poderá investigar as reais causas do incômodo e indicar o tratamento correto. Por mais que a dor seja esporádica, a automedicação pode acarretar em problemas ainda mais graves.

As cefaleias podem ser primárias e secundárias: na primeira delas, a própria dor caracteriza a doença. “Elas surgem devido a um desequilíbrio químico que se origina no sistema nervoso central, cuja consequência é a dor de cabeça”, afirma Celia Roesler, secretária do DC de Cefaleia. Em sua outra forma, apresenta manifestação ou sintoma de alguma doença de base.

Também se manifestam clinicamente em agudas, como no aneurisma cerebral, que aparece de forma explosiva e sem aviso prévio; ou crônicas, representada pela enxaqueca, que tem, em alguns casos, períodos de agudização.

Cada cefaleia é tratada de forma diferente, com medicamentos específicos. Por isso é preciso ficar alerta aos perigos da automedicação: o uso abusivo de analgésicos pode levar à cefaleia crônica diária. “Medicar-se sem orientação médica pode mascarar o quadro. Todos acham que qualquer dor de cabeça é uma enxaqueca e, muitas vezes, não é”, explica a dra. Roesler.

A busca de um especialista é essencial. Além de sintoma, a dor de cabeça pode ser a própria doença e o encaminhamento médico correto traz segurança ao paciente além de evitar que ele peregrine por diversas unidades de emergência, se submetendo a exames desnecessários. O tratamento adequado é essencial para uma boa qualidade de vida do paciente.

Apesar de ser pequeno e ter apenas 3 quilos, o cérebro humano requer 10 vezes mais nutrientes e glicose do que qualquer outro órgão do corpo. Imagem: divulgação

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