Sábado, 19 de setembro de 2015, às 16h41
Hermine “Miep” Santrouschitz-Gies (15 de Fevereiro de 1909 – 11 de Janeiro de 2010) foi uma amiga de Anne Frank, que lhe guardou o diário durante a Segunda Guerra Mundial.
Da Wikipedia
Enquanto Anne Frank, a sua família e mais quatro pessoas (ao todo, oito pessoas) escondiam-se dentro de um anexo secreto, com medo de serem descobertos, Miep levava-lhes comida, livros e outros objetos indispensáveis. Dava-lhes ainda informações sobre o mundo e como as pessoas estavam reagindo à Guerra.
Miep Gies colaborou na edição do livro “Anne Frank, uma Biografia”, de Melissa Muller. Ela escreveu o posfácio e conforme consta no referido livro: “Melissa encontrou Miep Gies, a única sobrevivente do grupo de quatro pessoas que ajudou a família Frank, e que pela primeira vez falou sobre a suspeita – que recaía sobre ela e o grupo que ajudou a família de Anne – de que eles teriam revelado aos nazis onde ficava o esconderijo dos oito judeus. Baseado neste testemunho, o livro explica o motivo da traição que selou o destino dos Frank e as razões que levaram Miep e seus amigos a não tocar neste assunto por mais de 50 anos.
“Miep Gies foi, tanto em 1948 como em 1963, um das testemunhas mais importantes nas investigações sobre o traidor dos Frank. Van Maaren tentou denegri-la junto à polícia holandesa com todo o tipo de acusações grosseiras. Disse que Miep teria tido um relacionamento tanto com seu chefe como também com um oficial alemão. Teria seduzido inclusive o policial Karl Siberbauer (o que invadiu o esconderijo). A reação de Jan (marido de Miep) foi a seguinte: “Miep, onde arranjaste tempo para isso tudo?” E a reação de Otto Frank: “se o nome de Miep estiver na lista dos suspeitos, então também podem colocar o meu. Não posso confiar em ninguém, a não ser Jan e Miep”.
Em meados dos anos 80, a escritora americana Alison Gold conseguiu persuadir a colaboradora Miep Gies a participar num projeto de um livro. O título autobiográfico do sucesso, MEU TEMPO COM ANNE FRANK, foi publicado em 1987, primeiro nos EUA e, pouco depois, na Holanda e na Alemanha. O livro também é uma homenagem a Jan, o marido de Miep Gies, que sempre preferiu permanecer em segundo plano. Nos anos seguintes, Miep foi homenageada várias vezes por seus méritos como colaborada: em 1994, outorgaram-lhe a Cruz dos Justos do memorial Yad Vashem, em Jerusalém. E, por fim, a rainha Beatriz da Holanda a fez Cavaleiro da Ordem de Orange-Nassau.
Na primavera de 1996, Miep recebeu, junto com o cineasta Jon Blair, o Oscar pelo filme documentário ANNE FRANK REMEMBERED, em Los Angeles. Miep viveu - com vitalidade intelectual e sem ajuda de outros - em sua residência em Amsterdã até janeiro de 2010, quando faleceu aos 100 anos.
Acesse o site Miep Gies.
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