Segunda-feira, 13 de junho de 2016, às 13h53


Combate à corrupção: Força-tarefa será formada por três membros do MPF e terá duração inicial de três meses.

O Conselho Superior do Ministério Público Federal aprovou, no dia 7 de junho, a criação de uma força-tarefa no Rio de Janeiro para investigar supostos crimes de corrupção, desvio de verbas e fraudes em licitações e contratos na Eletronuclear, estatal subsidiária da Eletrobras. A decisão foi tomada após parecer favorável da Câmara de Combate à Corrupção do MPF.

 

Força-tarefa do MPF vai investigar a Eletronuclear sob suspeita de corrupção. Fotos: divulgação

Força-tarefa do MPF vai investigar a Eletronuclear sob suspeita de corrupção. Fotos: divulgação

 

As informações são da Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República, e essa investigação é mais um desdobramento da Operação Lava Jato, que identificou possíveis irregularidades em contratos para a construção da usina nuclear Angra 3. O caso foi remetido ao Rio de Janeiro por decisão do Supremo Tribunal Federal, em setembro de 2015. O ministro relator, Teori Zavascki, determinou o desmembramento dos processos por entender que não há relação entre os crimes cometidos na Eletronuclear e na Petrobras.

A força-tarefa será composta pelo procurador da República Lauro Coelho Júnior, titular natural do caso, pelo procurador regional da República José Augusto Vagos e pelo procurador da República Eduardo El-Hage. O prazo inicial para o desenvolvimento das atividades é de três meses.

Histórico

Em 28 de julho, o vice-almirante da Marinha Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, foi preso durante a 16ª fase da Operação Lava Jato. De acordo com a Polícia Federal e o MPF, a investigação apura irregularidades em contratos firmados entre várias das empresas citadas na Lava Jato com a estatal. Silva é suspeito de ter recebido 4,5 milhões de reais em propina em contratos firmados entre a estatal e as empreiteiras Engevix e Andrade Gutierrez, entre 2009 e 2014.

just 10 medidas contra corrupcao

Sérgio Moro argumentou que carceragem da Polícia Federal, no Paraná, não comporta "número significativo de presos. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Sérgio Moro argumentou que carceragem da Polícia Federal, no Paraná, não comporta "número significativo de presos. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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