Quinta-feira, 1º de setembro de 2016, às 12h53


Sem o devido conhecimento é possível confundir uma habilidade intuitiva com a natação. Bebês não são capazes de nadar por conta própria e correm perigo ao serem deixados nessa situação. Leia a matéria da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

SPSP – É comum dizer que bebês sabem nadar mesmo sem ter aprendido, e que essa aptidão desaparece quando eles começam a crescer. Porém, ao contrário desse pensamento, os recém-nascidos não são tão habilidosos assim, por mais que pareçam familiarizados. O que acontece, na verdade, é um movimento intuitivo de autoproteção.

 

Natação em bebês: mitos e verdades. Foto: divulgação / SPSP

Natação em bebês: mitos e verdades. Foto: divulgação / SPSP

 

Chamado de Reflexo de Natação, a ação faz com que os recém-nascidos, quando posicionados na água, mexam seus braços e pernas de forma repetitiva, de modo que fiquem estáveis e não se afoguem. Entretanto, esse reflexo desaparece quando o bebê chega aos seis meses de idade, tornando perigoso mantê-los em uma banheira, por exemplo, sem a supervisão de um adulto.

“Colocar os bebês na água e deixá-los nadar por conta própria é altamente desaconselhado, uma vez que eles podem facilmente se engasgar e se afogar”, alerta dr. José Gabel, vice-presidente do Departamento de Cuidados Domiciliares da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Habilidade motora

O estudo de Blanksby, que busca analisar o comportamento aquático dos recém-nascidos, mostra que os bebês podem adquirir habilidades de nado por volta dos cinco anos de idade. Isso se deve ao desenvolvimento motor das crianças, que faz com que elas tenham mais controle do corpo.

No entanto, iniciar as aulas de natação precocemente não significa que a criança dominará mais rapidamente a prática, justamente pela capacidade neuromuscular ainda incompleta.

Segurança

Programas aquáticos direcionados às famílias com a intenção de introduzir os bebês de forma divertida e descontraída a esse ambiente não devem ser vistos como aulas de sobrevivência. “São oportunidades para introduzir as crianças à água e estar consciente dos riscos. Não servem para torná-las nadadoras talentosas ou para sobreviver de forma independente na água”, justifica o pediatra.

A Academia Americana de Pediatria também reforça essa ideia de segurança, recomendando que os pais não deixem seus bebês sozinhos dentro da água e que devem estar sempre por perto para evitar afogamentos.

Foto: Divulgação / ABN

Conheça a distonia e seus sintomas. Foto: Divulgação / ABN

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