Segunda-feira, 22 de janeiro de 2018 às 20h19


As obras de infraestrutura da fonte de luz síncrotron Sirius estão 71% concluídas, informou o diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), Antonio José Roque, a representantes de setores estratégicos do governo federal, em workshop no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) no último dia 27 de novembro.

Agência FAPESP

“Hoje, podemos dividir as obras em três partes: a civil, a do conjunto de aceleradores de elétrons e a das estações experimentais, chamadas de linhas de luz”, explicou José Roque . “O prédio teve um projeto executivo extremamente longo, devido à necessidade de estabilidade do piso, e isso inclusive trouxe avanços para a engenharia civil nacional. A expectativa é de que 85% dos gastos ocorram em empresas brasileiras. As obras civis tiveram início em janeiro de 2015 e já estão 71% prontas. A parte interna também está bem avançada.”

 

Equipamento será ferramenta poderosa para pesquisas em agricultura, energia e materiais, meio ambiente, recursos naturais e saúde. Imagem: CNPEM

 

Para o diretor de Programa do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), André Arantes Luciano, a inauguração representará uma inflexão na história da infraestrutura tecnológica nacional. “Se tudo der certo, as primeiras linhas estarão disponíveis para a comunidade científica em 2018”, reforçou.

O gerente da Divisão Científica do LNLS, Harry Westfahl Junior, ilustrou potenciais da ferramenta científica para agricultura, energia e materiais, meio ambiente, recursos naturais e saúde. O Sirius servirá à análise estrutural de materiais orgânicos e inorgânicos. A luz síncrotron é responsável por atravessar amostras e revelar informações a respeito dos materiais, no nível dos seus átomos e moléculas.

O prédio tem 68 mil metros quadrados (m²), construídos em uma área de 150 mil m², próxima ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP).


Para mais informações acesse: http://www.lnls.cnpem.br/sirius/.

O detector Super-Kamiokande, no Japão. Localizado 1.000 metros abaixo do solo, o equipamento é constituído por um tanque de aço inoxidável com 50 mil toneladas de água. E cerca de 11 mil sensores. Nele foi realizado e experimento que deu o Nobel a Kajita. Foto:Kamioka Observatory/ICRR/University of Tokyo

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