Grupo de amigos posa para as fotos e nos fornece uma ideia de como era a paisagem predominante numa das ruas atualmente mais valorizadas do Tatuapé.

Foto e entrevista concedidas a Gerson Soares por Barnabé Barreira | Reportagem publicada na VII Edição Histórica da Revista Alô Tatuapé em dezembro de 2010

RUA EMÍLIO MALLET – 1950

Década dos 50, trecho da Rua Emílio Mallet entre as ruas Itapura e Serra do Japí, onde se observam algumas casas do lado direito e poucas no lado esquerdo, uma configuração comum nessa época, em que as chácaras ainda predominavam na maioria dos terrenos.

No mesmo local, foram construídos muitos prédios, entre eles os condomínios comerciais. Várias casas existentes originalmente se transformaram em pontos comerciais. Nesta imagem, um grupo que fazia parte do Cantagalo Futebol Clube. Dentre eles, o senhor Paquito, sentado nos ombros do Joaquim, cujo apelido era Joaquim porcaria. Ao lado deles estão Naná, China, Gato, o senhor Pedro, Zé Martins, Bruno entre outros amigos que se reuniram para esta foto, cujos nomes se perderam na memória do morador entrevistado, Barnabé Barreira, grande goleiro do E. C. Sampaio Moreira.

 

Campos de futebol e espaços com terrenos vazios davam a impressão de uma vida mais interiorana do que realmente era, onde o trabalho operário exigia muito esforço, compensado pelas boas amizades e diversões simples. Foto: © Acervo Alô Tatuapé / doada por Barnabé Barreira

Campos de futebol e espaços com terrenos vazios davam a impressão de uma vida mais interiorana do que realmente era, onde o trabalho operário exigia muito esforço, compensado pelas boas amizades e diversões simples. Foto: © Acervo Alô Tatuapé / doada por Barnabé Barreira

 

Vemos que a Rua Emílio Mallet era de terra batida, como tantas outras do bairro e podemos imaginar o lamaçal em que se transformava nos dias de chuva. Também é possível pensar que ao contrário da umidade dos tempos chuvosos, o clima seco transformava a simples passagem de um dos poucos carros existentes numa nuvem de poeira.

Portanto, a imagem vista neste post nos dá uma boa mostra de que os pioneiros moradores mais modernos do bairro em comparação aos primeiros que por aqui começaram a chegar para o trabalho nas fábricas, não tiveram uma vida fácil. Nem por isso deixavam de se divertir nas festas juninas e aniversários, matinês, no footing da Sílvio Romero e da Avenida Celso Garcia ou nas partidas de futebol dos finais de semana.