Terça-feira, 10 de abril de 2018 às 20h11


Nesta quarta-feira o Supremo Tribunal Federal pode voltar a discutir a decisão que colocou Lula no cárcere. Desta vez, o Plenário poderá rever a decisão de 2016, sobre as Ações Diretas de Constitucionalidade (ADC) que permite a prisão após julgamento em segunda instância, como no caso do Triplex do Guarujá, pelo qual foi condenado a 12 anos e um mês. Mas ainda há muita água por passar embaixo da ponte que o ex-presidente atravessa.

Além dessa condenação, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva responde a seis ações penais. Duas estão em andamento em Curitiba (PR), nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, e outras quatro em Brasília, sob a responsabilidade da 10ª Vara Federal. Ele terá de responder ainda por duas denúncias: uma que trata de suposto benefício ao lado da cúpula do PT e outra sobre a nomeação para ser ministro da Casa Civil do então governo de Dilma Rousseff.

 

Ex-presidente Lula participando de ato em São Bernardo do Campo antes de se entregar à Polícia Federal. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

 

13ª Vara Federal de Curitiba (PR)

- Acusado de ganhar reformas e móveis em um sítio de Atibaia (SP) como pagamento de fraudes na Petrobras.

- Acusado de ganhar imóveis da empresa Odebrecht em troca de contratos da petrolífera.

10ª Vara Federal de Brasília (DF)

- Acusado de tentar evitar a delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras

- Acusado de fazer o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) ajudar a Odebrecht em troca de palestras remuneradas.

- Acusado de comprar caças suecos e manter benefícios fiscais da Medida Provisória 627/2003, em troca de R$ 2,5 milhões a uma empresa de Luís Cláudio Lula da Silva, filho de Lula.

- Acusado de vender Medida Provisória 471/2009 para montadoras.

Quanto às denúncias nas quais Lula está envolvido, o PT é acusado de organização criminosa, cartel, corrupção e lavagem de dinheiro. Lula foi acusado ao lado do comando do PT de cobrar ilegalmente R$ 1,485 bilhão de reais usando a administração pública. Pessoalmente, está denunciado por obstrução de Justiça por ter supostamente articulado com a ex-presidente Dilma Rousseff sua nomeação como ministro-chefe da Casa Civil, na tentativa de obter foro privilegiado e escapar das investigações do juiz Sérgio Moro. A nomeação foi impedida pelo STF e, depois do impeachment de Dilma, o caso passou para a Justiça comum. Esta denúncia está na primeira instância.


Com informações da EBC - Agência Brasil

Filme sobre os bastidores da Operação Lava-Jato. Imagem: reprodução Facebook

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