Sexta-feira, 23 de outubro de 2015, às 16h09
Rituais e apresentações de danças tradicionais marcaram a cerimônia de acendimento do Fogo Sagrado no fim da tarde desta quinta-feira, 22. O momento, realizado na Praça dos Girassóis, no Centro Geodésico do país, foi acompanhado por centenas de indígenas e pela população. A cerimônia de abertura oficial dos I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), acontece nesta sexta-feira (23) das 17h30 às 21h, o traslado do Fogo Sagrado será entre as 16h e 17h.
Nos momentos que antecederam a cerimônia de acendimento do Fogo Sagrado, indígenas de diversas etnias, como Guna, Manoki, Javaé, Pataxó, cantavam e dançavam em preparação para a grande celebração. No pôr do sol, o líder indígena Carlos Terena conduziu juntamente com líderes religiosos de diversas etnias o acendimento do fogo, realizado de forma tradicional, com gravetos e pedras.
Chamando a atenção do público, os Maori, da Nova Zelândia, realizaram um ritual tradicional com expressões fortes e empunhando objetos para abrir o caminho espiritualmente.
“O fogo, para todos os povos é extremamente importante, é conhecimento milenar, vida, energia e em torno dele se reúnem os povos”, destacou Joana Munduruku, integrante do Comitê Intertribal.
Após o ritual de acendimento do Fogo Sagrado, a chama foi transportada em revezamento até a Vila dos Jogos, onde a pira dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas foi acesa em cerimônia conduzida por Carlos Terena, pelo prefeito Carlos Amastha e pelo jogador de futebol Cafu.
“Esta é uma noite histórica. Sonhávamos que Palmas fosse conhecida no mundo inteiro e agradecemos ao ITC (Comitê Intertribal) que nos deu essa oportunidade. É um orgulho para Palmas sediar os jogos que irão marcar a nossa história”, destacou o prefeito Carlos Amastha.
Terena, salientou como positiva a recepção palmense. “A recepção de Palmas superou as nossas expectativas e esperamos realizar um grande evento que seja de proveito para os irmãos indígenas. Que a semente do amor e da fraternidade se desenvolva aqui em Palmas”.
Após correr os últimos 200 metros do revezamento realizado para transportar a tocha para a Vila dos Jogos, o jogador Cafu se disse honrado em ser embaixador desse momento de confraternização dos povos indígenas. “Agradeço a oportunidade, me sinto honrado com essa experiência nova que vou levar para o resto da minha vida que é fazer parte dessa celebração entre povos brasileiros e do mundo todo”.

Acendimento da pira dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, onde se agruparam as delegações mundiais. Foto: Júnior Suzuki
O revezamento contou com a participação de 20 atletas atendidos pelo projeto municipal Bolsa Atleta. Ao integrar esta equipe, a carateca Geovana Faria, 15 anos, destacou a magnitude do momento. “Esse dia ficará marcado na minha trajetória como atleta e na história da nossa cidade. Fico muito feliz em contribuir com esse evento tão importante”, afirmou.
Para o presidente da Fundação e Esportes e Lazer, Clayton Alen, os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas deixam um grande legado para a Capital e para os atletas palmenses. “Palmas passou a ter visibilidade e prestígio junto ao governo federal, conseguimos aprovar projetos importantes no Ministério do Esporte que representam o avanço da área esportiva da nossa cidade, o que impacta positivamente a vida dos atletas”, disse.
As informações são da Secretaria de Comunicação do Governo de Palmas. Acesse o site dos jogos: http://www.jogosmundiaisindigenas.com/
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