Quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015, às 13h19

Atualmente a cidade possui 235,3 quilômetros de vias destinadas aos ciclistas. Meta é alcançar 400 quilômetros de ciclovias até o fim do ano.


 

Ciclovia na Vila Carrão. Foto: Fabio Arantes / SECOM

 

SECOM – A Vila Carrão, na zona Leste da cidade, ganhou nesta quarta-feira (25) uma ciclovia com 2,2 quilômetros de extensão e o prefeito Fernando Haddad visitou o novo trecho na companhia do secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto. A via exclusiva para bicicleta passa pelas ruas Engenheiro Pegado, Rogério Giorgi e João Vieira Prioste, entre as ruas Atucuri e Taubaté, e é, em grande parte, paralela à Avenida Conselheiro Carrão, informa a secretaria executiva de Comunicação da Prefeitura da cidade de São Paulo (SECOM).

“A ciclovia se integra a outros investimentos que estão sendo feitos na área da mobilidade, como expansão dos trilhos e a expansão dos corredores e faixas de ônibus. É um projeto difícil porque a malha cicloviária não existe na cidade de São Paulo, então ela não está conectada. Ela só estará plenamente conectada a partir do final do ano. Isso vai começar a sugerir que as pessoas possam pensar a mobilidade de uma maneira diferente”, afirmou Haddad.

Atualmente a cidade possui 235,3 quilômetros de vias destinadas aos ciclistas. Desse total, 172,3 quilômetros foram inaugurados desde junho de 2014. Os demais 63 quilômetros foram herdados da gestão anterior. A meta da Prefeitura é viabilizar uma malha cicloviária de 400 quilômetros até o final deste ano.

“Estamos ampliando nossa rede cicloviária nos mais diversos pontos da cidade. Trata-se da construção de uma malha que fará ligações com pontos estratégicos de mobilidade, como terminais de ônibus e estações do metrô, além de equipamentos como escolas, praças e bibliotecas”, disse o secretário. Segundo Tatto, o projeto de ciclovia para a região prevê que ela chegue até a Radial Leste.

O novo percurso é bidirecional em toda a sua extensão, sempre ao lado da calçada. Em sua demarcação estão sendo utilizados, aproximadamente, 6.000 metros quadrados de sinalização horizontal, 48 placas de trânsito que indicam a circulação exclusiva de bicicletas e 133 placas de regulamentação e advertência.

 

Ciclovia na Vila Carrão. Foto: Fabio Arantes / SECOM

 

Avenida Paulista e Minhocão

Em janeiro deste ano, começaram as obras das ciclovias na Avenida Paulista e sob o Elevado Presidente Costa e Silva (Minhocão). Juntas, as vias somarão quase nove quilômetros exclusivos para as bicicletas. As obras têm previsão de duração de aproximadamente 180 dias.

Com quatro quilômetros de extensão, a ciclovia da Avenida Paulista fará conexão com 11 ciclovias ligando às regiões do Centro, Pacaembu, Ibirapuera e Vila Mariana, entre outras. Para o trecho da Avenida Bernardino de Campos, estão previstas ainda obras para aterramento da fiação elétrica.

O projeto inicial prevê que o canteiro central da avenida será alargado em 25 centímetros de cada lado para facilitar a passagem de bicicletas nos dois sentidos. Os tanques que abrigavam plantas e flores estão sendo retirados, assim como os relógios de rua distribuídos pela via. As árvores no trecho da Bernardino de Campos, entretanto, serão preservadas. As oito faixas de rolamento da via serão mantidas, com alguns ajustes, e alguns trechos, próximos aos semáforos, ganharão grades para a proteção dos ciclistas.

Com aproximadamente cinco quilômetros de extensão, a ciclovia embaixo do Minhocão irá ligar a Praça Roosevelt à estação da Barra Funda, da Linha 3-Vermelha do Metrô, passando pela avenida Amaral Gurgel e o Memorial da América Latina. O novo trecho também fará ligação com ciclovias existentes na região, como a da Avenida Duque de Caxias (sentido Barra Funda), além de saídas para ciclofaixas, como a da Rua Albuquerque Lins (sentido Consolação).

Prefeitura deverá ainda realizar outras intervenções para revitalizar a região do Minhocão, como a implantação de áreas ajardinadas e a troca da iluminação existente por lâmpadas de LED.

 

Ciclovia no Carrão ligando as ruas Atucuri à Avenida Taubaté. Traçado da extensão que tem mais de dois quilômetros, segundo a Prefeitura. Críticas e reclamações da população. Uso do corredor é quase zero, mas prejudicou sobremaneira os moradores que não podem nem estacionar em frente suas próprias casas. Ilustração: SECOM