Segunda-feira 7 de dezembro de 2015, às 16h45
Investimento em mobilização, baixa emissão de gás CO2 e infraestrutura resiliente é necessário principalmente nas áreas urbanas, responsáveis por 70% da liberação de gases de efeito estufa relacionada à energia, aponta relatório da ONU.
ONU Brasil | COP21
Relatório apresentado nesta sexta-feira (4) pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e parceiros internacionais, oferece cinco recomendações sobre investimentos em mobilização, baixa emissão de gás carbônico e construção de infraestrutura resiliente. O estudo foi inaugurado em Paris, na França.

Vista área de São Paulo, uma das grandes megalópoles do mundo. Foto: Wikicommons/Ana Paula Hirama (CC)
Publicado pela Aliança de Liderança em Financiamento Climático de Cidades, o documento analisa os obstáculos que muitas cidades enfrentam na obtenção de financiamento para a execução de projetos. Inclui, entre os pontos abordados, a incerteza sobre políticas regulatórias e fiscais, falta de conhecimento em desenvolvimento de projeto, falta de controle sobre planejamento de infraestrutura, alto custo de transação e falta de modelos de investimento testados na cidade a nível regional.
Entre as recomendações está a ideia de estimular governos nacionais a adotar políticas e incentivos para que as cidades invistam em baixa emissão de gases estufa e na construção de infraestrutura resiliente. O documento usa o exemplo do ICMS Ecológico no Brasil. O ICMS, conhecido como Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços,passou a arrecadar por meio dos Estados uma parcela para preservação ambiental.
Outras sugestões são aumentar as facilidades no investimento em projetos de ação climáticos considerados vantajosos e criar uma rede de laboratórios para inovar instrumentos financeiros e modelos de investimento.
Segundo o Banco Central, as áreas urbanas são responsáveis por mais de 70% das emissões de CO2 relacionadas à energia, e as cidades produzem de 37 a 49% das liberações de gases de efeito estufa do mundo. Ainda, estima-se que mais de 80% dos custos anuais globais em adaptação às mudanças climáticas sejam gerados pelas áreas urbanas.
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