Quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016 às 19h37
As próximas reportagens mostram Abrolhos. Separamos algumas imagens, destacamos dois vídeos do programa Mar Sem Fim: Parque Nacional Marinho dos Abrolhos [partes 1 e 2] publicados em outubro de 2015, exibidos pela TV Cultura, antes do lamaçal; e o vídeo da matéria especial da TV Brasil, Caminhos da Reportagem: Azul da Cor de Abrolhos, editado após o derramamento de rejeitos minerais no Vale do Rio Doce que percorreram centenas de quilômetros até a foz no Oceano Atlântico.
Gerson Soares
A não ser pelos prejuízos, que ainda estão sendo apurados na totalidade, a Samarco e suas acionistas – BHP Billiton e Vale – continuam impunes diante da tragédia causada pelo rompimento da barragem em Mariana, no Estado de Minas Gerais. Além do negativo impacto social, econômico e ambiental causado, existe a possibilidade de membros da Samarco serem responsabilizados e acusados de homicídio pela morte de 19 pessoas.
A presidente do Ibama, Marilene Ramos, mostra imagem da mancha no oceano que pode estar associada a rejeitos de mineração da barragem da Samarco que se rompeu próximo a Mariana (MG). Há suspeitas de que possa ter chegado aos bancos de corais de Abrolhos, por isso diversas análises estão sendo feitas. Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Diante de tal desastre, a empresa fez um depósito de 2 milhões de reais. Uma espécie de sinal, um compromisso assumido para quitar em até 10 anos o acordo estabelecido com o governo federal, depois da ação judicial movida contra a Samarco e suas acionistas, no valor de 20 bilhões. O dinheiro será usado para tentar reparar os prejuízos causados que, no entanto, são irreparáveis.
As populações ribeirinhas, os peixes, mamíferos, toda a fauna e flora do Vale do Rio Doce, que foi tomado pela lama tóxica, ainda reclamam pela extinção da vida como a conheciam e a ameaça agora está sobre Abrolhos.
Matéria especial sobre o Arquipélago de Abrolhos. Assista vídeos, saiba como visitar o arquipélago, com dicas dos próprios organizadores. Entenda como a lama tóxica da Samarco pode afetar a vida marinha e as pesquisas que estão sendo feitas no maior santuário marinho do Brasil.
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