Segunda-feira, 22 de agosto de 2016, às 13h39


Espetáculo de mais de duas horas relembrou pontos turísticos do Rio, teve muita música e passou a bola para Tóquio 2020.

Por Rio 2016

Das pinturas rupestres das cavernas do Piauí ao artesanato contemporâneo de várias partes do Brasil, a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016 fez um passeio pela arte brasileira em suas múltiplas formas, num espetáculo de mais de duas horas no lotado estádio do Maracanã.

 

Confetes no ar. Valeu, Rio 2016!. Foto: Getty Images/Patrick Smith

Confetes no ar. Valeu, Rio 2016!. Foto: Getty Images/Patrick Smith

 

Carmen Miranda, Santos Dumont e Tarsila do Amaral foram alguns dos homenageados da noite. “Voltamos ao passado para relembrar como o talento humano deixou marcas até nas paredes das cavernas. De volta ao presente, reverenciamos artistas que fizeram a história da cultura nacional criando obras inesquecíveis”, disse a artista Rosa Magalhães, criadora da cerimônia e carnavalesca premiada no Rio de Janeiro.

Houve ainda uma apresentação tecnológica de Tóquio 2020, marcando a transição para os próximos Jogos, e terminou num grande carnaval, com direito a carro alegórico e marchinhas.

 

Bandeira do Japão marca transição do Rio 2016 para Tóquio 2020 (Foto: Getty Images/David Ramos)

Bandeira do Japão marca transição do Rio 2016 para Tóquio 2020 (Foto: Getty Images/David Ramos)

 

Paisagens famosas do Rio, como o Pão de Açúcar, o Corcovado e os Arcos da Lapa, foram formadas em grandes coreografias de massa, cujos dançarinos voltaram ao final do show para homenagear os jardins de Roberto Burle Marx (1909-1994), com figurinos inspirados em espécies da flora brasileira.

Outras coreografias com projeções de alta tecnologia lembraram as mulheres rendeiras e os artesanatos de bonecos de barro, esta última ao som do forró de “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga.

Três gerações de intérpretes da Vila Isabel, Martinho da Vila, três filhas e uma neta, reverenciaram grandes mestres, como Pixinguinha, Braguinha e Noel Rosa.

Lenine também se apresentou, numa homenagem aos voluntários dos Jogos Rio 2016, e Arnaldo Antunes declamou um poema falando sobre a saudade.

 

Escolas de samba participam da cerimônia de encerramento. Foto: Getty Images/Patrick Smith

Escolas de samba participam da cerimônia de encerramento. Foto: Getty Images/Patrick Smith

 

Adeus, chama olímpica

A chama Olímpica foi apagada por uma chuva que caiu enquanto a cantora e atriz Mariene de Castro entoava “Chovendo na Roseira”, executada na sua versão original, gravada pelo próprio Tom Jobim no disco “Stone Flower” (1970).

Um grande carnaval no Maracanã encerrou os trabalhos ao som de marchinhas e sambas enredos históricos, com a modelo Izabel Goulart e Renato “Gari” Sorriso liderando um cortejo de 50 baianas e 200 passistas. A atriz Leandra Leal foi a porta bandeira do Cordão da Bola Preta, um dos maiores blocos de rua do país.

 

Medalhas da maratona: Feyisa Lilesa da Etiópia (prata); Eliud Kipchoge do Quênia (ouro) e Galen Rupp dos EUA (bronze). Foto: Getty Images/Pascal Le Segretain

Medalhas da maratona: Feyisa Lilesa da Etiópia (prata); Eliud Kipchoge do Quênia (ouro) e Galen Rupp dos EUA (bronze). Foto: Getty Images/Pascal Le Segretain

 

Último ouro

A festa marcou, ainda, a entrega das últimas três medalha dos Jogos, aos atletas da maratona. O queniano Eliud Kipchoge ganhou o ouro, o etíope Feyisa Lilesa ficou com a prata e o americano Galen Rupp levou o bronze.

Jogadores da Seleção Brasileira de Futebol chegam para receber a inédita medalha de ouro. Foto: Getty Images / Laurence Griffiths

Jogadores da Seleção Brasileira de Futebol chegam para receber a inédita medalha de ouro. Foto: Getty Images / Laurence Griffiths

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