Em junho, o valor médio da cesta básica subiu em cinco das oito cidades pesquisadas. No mês de maio, o preço havia aumentado em quatro. A análise, divulgada no dia 17 de julho, é feita mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE
De acordo com pesquisa, Manaus apresentou a maior alta, com variação de 5,3%. Café e leite aumentaram em todas as capitais analisadas. Nos últimos seis meses, Curitiba registra o maior aumento no valor da cesta básica, de 13,6%. O preço médio da cesta de consumo básica de alimentos de junho/24 aumentou em relação ao mês anterior em cinco das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE.
As cidades que registraram as maiores altas foram Manaus e Curitiba, com variação de 5,3% e 4,7%, respectivamente. Já o Rio de Janeiro e Salvador foram as cidades em que apresentaram os maiores recuos nos valores da cesta, de -4,8% e -2,7%, respectivamente.
Considerando a retração apresentada em junho, a cesta de consumo básica mais cara continua a ser a do Rio de Janeiro (R$ 981,61), seguida por São Paulo (R$ 946,26) e Curitiba (R$ 823,66). Em contrapartida, Belo Horizonte (R$ 654,03), Manaus (R$ 715,88), e Salvador (R$ 757,62) foram as cidades identificadas com os menores custos de aquisição.
Dos 18 gêneros alimentícios da cesta básica, leite UHT, Café em Pó e em Grãos, Arroz e Frango registraram aumento nos preços em todas oito capitais abrangidas pela pesquisa.
A alta do preço do leite deve-se à redução na produção no campo, que resulta em aumento de preço para o consumidor, refletindo, consequentemente, em toda a cadeia de derivados, como é o caso da manteiga.
O preço do arroz manteve tendência de alta, em função, principalmente, das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que geraram problema no abastecimento, devido a dificuldades no escoamento da produção, apesar de grande parte da safra já ter sido colhida.
As variações climáticas, ao longo de 2023, ainda geram reflexos na colheita, gerando problemas de rendimento, em especial para os grãos que necessitam de tempo entre o desenvolvimento e a colheita, como o café, refletindo em aumentos no preço final no varejo.
Além disso, a atual redução da oferta internacional desses grãos, aliada à alta do dólar, estimula a exportação, se tornando mais atrativo para o produtor interno vender para o mercado internacional, o que reduz ainda mais a oferta para o varejo brasileiro.
Ainda assim, alguns produtos apresentaram queda de preço em algumas capitais, como feijão, pão e carne suína, assim como outros listados na tabela abaixo:
A variação acumulada dos últimos seis meses no valor da cesta básica subiu em sete das oito capitais, com aumentos que variam de 2,9% a 13,6%. A variação mais significativa é a de Curitiba, com crescimento de 13,6% no período, enquanto a redução no valor da cesta ocorreu em Belo Horizonte, com -1,1%.
Levando em consideração todas as capitais abrangidas pela pesquisa, nos últimos seis meses, os gêneros alimentícios da cesta básica que registraram as maiores altas de preços estão representados nas tabelas a seguir.
Quando se considera a cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza, além de alimentos, houve aumento no valor médio em cinco das oito capitais analisadas, variando entre 2,8% e 6,1%, enquanto três capitais registraram estabilidade, com variações entre -0,3% e 0,1%. As cidades que apresentaram valores mais altos da cesta ampliada continuam a ser o Rio de Janeiro (R$ 2.283,45) e São Paulo (R$ 2.138,63).
Manaus e Belo Horizonte tiveram os menores valores da cesta ampliada, com R$ 1.502,89 e R$ 1.637,53 respectivamente.
O comportamento da cesta de consumo ampliada seguiu a tendência da cesta básica, sugerindo que o movimento nos preços afetou não somente os alimentos básicos, mas demais produtos frequentemente presentes nos carrinhos de compras do consumidor.
Dos 33 produtos da cesta ampliada, 14 registraram aumento no preço em todas as capitais.
O aumento no valor da cesta básica na maioria das capitais, em junho, é reflexo das adversidades climáticas que afetaram estados que são grandes produtores de legumes e grãos importantes na alimentação, afetando, especialmente, os consumidores de mais baixa renda, que gastam a maior parte de seu orçamento doméstico com alimentação.
Fonte: HORUS & FGV IBRE
Destaque – Imagem: aloart
Publicação:
Terça-feira | 23 de julho, 2024