Terça-feira | 24 de agosto, 2021


Infertilidade conjugal, ou dificuldade para engravidar, é um problema que afeta cerca de 15% da população.


Ao contrário do que muitos acreditam engravidar não é um processo fácil. A cada ciclo, a chance que um casal tem de engravidar é de somente 20%, mesmo que tenham relação sexual no dia mais fértil. A probabilidade de gravidez espontânea diminui consideravelmente a partir dos 35 anos, com piora progressiva ao passar dos anos até a menopausa.

A investigação da infertilidade é recomendada após tentativa de engravidar por 12 meses em mulheres abaixo de 35 anos e após 6 meses em mulheres acima dos 35 anos, obedecendo a frequência de relações sexuais a cada 2 dias no período fértil. Nos casos de menstruações irregulares ou ausentes, a pesquisa da causa pode ser feita antes desse tempo.

Em geral, devemos encarar esse problema como um problema conjugal para que se busquem as melhores alternativas e os tratamentos mais adequados. A infertilidade pode ser causada tanto por fatores masculinos quanto por fatores femininos. Para as mulheres, fatores como anovulação, alterações tubárias e no útero e endometriose são algumas das causas. Para os homens, os problemas estão na formação, transporte ou ejaculação de espermatozoides.

Dependendo da causa, podem ser feitos tratamentos específicos, tais como correção de alterações hormonais. Além disso, há procedimentos de reprodução assistida – tanto mais simples, como indução da ovulação e inseminação, quanto fertilização in vitro (“bebê de proveta”). A medicina oferece ainda alternativas com doação de gametas (óvulos e espermatozoides) e útero de substituição (“barriga solidária”).

Em muitos casos, existe frustração ao não se conseguir realizar o sonho da gestação. Exercer a maternidade ou paternidade é mais do que uma questão puramente biológica: é um ato de amor.


Fonte: SOGESP – Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo