Segunda-feira, 30 de outubro de 2017 às 13h11


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi de 0,34% em outubro e ficou 0,23 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de setembro (0,11%). Os combustíveis ajudaram a elevar o índice, mas por outro lado, os preços dos alimentos caíram.

O acumulado no ano está em 2,25%, inferior aos 6,11% do mesmo período de 2016. É o menor acumulado para um mês de outubro desde 2006 (2,22%). Nos últimos doze meses, o índice ficou em 2,71%, acima dos 2,56% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2016, o IPCA-15 havia sido de 0,19%.

O índice de outubro foi influenciado, principalmente, pelos combustíveis: houve alta de 5,36% nos combustíveis domésticos, pertencentes ao grupo Habitação (0,66%), e de 1,29% nos combustíveis de veículos, incluído no grupo Transportes (0,60%).

 

Combustíveis puxam alta do IPCA-15 de outubro, preços dos alimentos caem. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O gás de botijão, integrante do grupo Habitação, subiu 5,72% e teve o maior impacto individual no índice (0,07 p.p.). Entre setembro e outubro, a Petrobrás anunciou três reajustes nas distribuidoras para o botijão de gás de 13 kg: 12,2% a partir de 06 de setembro; 6,90% a partir de 26 de setembro e 12,9% a partir de 11 de outubro. Com isso, o item variou dos 2,10% registrados na região metropolitana do Rio de Janeiro até os 7,89% da região metropolitana de Belém.

Ainda no grupo Habitação, a alta na taxa de água e esgoto (0,11%) reflete o reajuste de 4,33% na região metropolitana de Fortaleza, a partir de 23 de setembro, em complementação aos 12,90% em vigor desde junho de 2017. Já a energia elétrica apresentou queda de 0,15% e as variações oscilaram entre -1,82% da região metropolitana de Porto Alegre e 3,77% em Salvador.

O grupo Transportes (0,60%) desacelerou em relação ao índice de setembro (1,25%). Tal movimento foi influenciado pela gasolina (de 3,76% em setembro para 1,45% em outubro) e as passagens aéreas (de 21,30% em setembro para 7,35% em outubro).

Nos demais grupos de produtos e serviços pesquisados destacam-se os Artigos de residência (-0,13%) puxados pelos eletrodomésticos (-0,57%) e o grupo Comunicação, cuja alta de 0,48% reflete o reajuste no item telefone celular (1,30%).

O grupo dos alimentos recuou 0,15%, uma queda menos intensa que a de setembro (-0,94%). Curitiba (1,00%), Goiânia (0,28%), São Paulo (0,27%) e Fortaleza (0,18%) se destacaram com variações positivas de um mês para o outro. As demais áreas ficaram entre -1,05% em Recife e
-0,09% em Salvador.

Os alimentos para consumo no domicílio ficaram, em média, 0,34% mais baratos com destaque para as quedas: alho (-9,88%), feijão-carioca (-5,95%), açúcar cristal (-3,63%) e leite longa vida (-3,52%). No lado das altas, sobressaem-se as carnes (0,54%) e as frutas (1,40%).

Já a alimentação fora de casa (0,18%) teve oscilações entre -2,18% em Brasília e 2,67% na região metropolitana de Curitiba.

Nos índices regionais, a região metropolitana de Curitiba ficou com o resultado mais elevado (0,66%), pois lá a alimentação fora de casa subiu 2,67%, acima da média nacional de 0,18%, e a gasolina ficou 1,26% mais cara. A queda mais intensa ocorreu na região metropolitana do Rio de Janeiro (-0,08%) onde destacaram-se as quedas em ônibus urbano (-3,23%) e alimentação fora de casa (-1,31%).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de setembro a 11 de outubro de 2017 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de agosto a 13 de setembro de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

As informações são do IBGE
O presidente interino Michel Temer coordena a primeira reunião ministerial de seu governo, às 9h, no Palácio do Planalto

O presidente interino Michel Temer coordena a primeira reunião ministerial de seu governo, às 9h, no Palácio do Planalto. Ao seu lado o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha (E) e do ministro da Fazenda Henrique Meirelles (D). Foto: Agência Brasil

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