Sábado, 5 de setembro de 2015, às 06h35


Além do efeito acumulativo de muitas causas externas da descoloração dos dentes ao longo da vida, existem pelo menos duas mudanças estruturais que aumentam a probabilidade de os dentes parecerem amarelos à medida que se envelhece. O primeiro é a redução do esmalte, o lado externo do dente, e o aumento da camada abaixo dele, a dentina.


À medida que o esmalte se torna mais fino por causa do desgaste e coisas como alimentos ácidos, a cor natural de amarelo para castanho da dentina, coberta por ele, vai aparecendo mais e mais, segundo análise da literatura sobre descoloração dentária publicada no The British Dental Journal.

O amarelecimento pode ser mais ou menos óbvio, dependendo da cor natural da dentina, determinada geneticamente, e da espessura do esmalte. Outra complicação é que, assim que a dentina é exposta, outros agentes corantes são mais facilmente absorvidos pelos dentes.

Enquanto isso, «o depósito natural de dentina secundária afecta as propriedades transmissoras de luz dos dentes, resultando num escurecimento gradual dos mesmos com a idade», afirma a análise.

Muitas causas são evitáveis ou tratáveis, como boca seca, consumo excessivo de açúcares, ácidos e álcool, bulimia, ranger os dentes e refluxo gastroesofágico. Bebidas como chá, café e vinho tinto e alimentos como amoras também descolorem os dentes, bem como o tabaco, em qualquer formato.

 

Foto: Javiera de Aguirre / Stock Photos

 


Fonte: Sapo Portugal | The British Dental Journal