Sexta-feira, 8 de abril de 2016 às 19h47


Com previsão de horário de balada, parlamentares começam a reunião para discutir o relatório do deputado Jovair Arantes, relator do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef.

Gerson Soares

A reunião poderá ser estendida até às 4h da madrugada, pelo menos foi esse o novo acordo que alterou a proposta inicial que era de encerrar os trabalhos às 3h deste sábado (9). São 150 deputados inscritos e dentre eles terão o direito de falar por 15 minutos os membros da Comissão Especial do Impeachment (CEI), os demais poderão se manifestar por 10 minutos.

 

Reunião Extraordinária para discussão do parecer do Relator do processo de impeachment de Dilma Roussef. Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Reunião Extraordinária para discussão do parecer do Relator do processo de impeachment de Dilma Roussef. Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

 

O advogado geral da União José Eduardo Cardoso, questionou hoje parte do relatório em que Jovair Arantes cita as investigações da Lava Jato. “O voto do relator foi explícito que não estava levando em conta para sua conclusão os fatos não admitidos pelo presidente da Câmara”, afirmou o presidente da CEI deputado Rogério Rosso. Segundo ele, não se pode confundir relatório de fatos como conclusão sobre os fatos. “Não há elementos estranhos no documento, nem ouve nulidade ou cerceamento de defesa porque o voto se ateve aos fatos admitidos pelo presidente.”

Por sua vez, o relator disse em entrevista à Globo News, momentos antes do início da reunião, que estava “muito tranquilo”. Conforme sua fala, o relatório foi elaborado por 18 integrantes da mais alta competência e segue os preceitos legais e constitucionais. “Espero que o relatório seja aprovado. Chega de usurpar competência do legislativo, para mudar o rumo do orçamento tem que ter autorização do legislativo”, afirmou Arantes.

Na segunda-feira (11), está prevista nova sessão, marcada para ter início às 10 horas, quando já deverá ter início o processo de votação com os pronunciamentos dos líderes das bancadas. O prazo para a definição dos votos termina à meia noite. Caso seja aprovado o impeachment da presidente, a decisão deverá ser enviada ao Senado, onde será julgada. Se aceito, finalmente, Dilma Roussef será impedida de continuar no cargo, assumindo seu lugar o vice-presidente Michel Temer, contra quem também tramita pedido de impeachment.

Com informações da Agência Câmara de Notícias
Segunda reunião da Comissão Especial de Impeachment no Senado (CEIS), ocorrida nesta quarta-feira (27). Foto:  Geraldo Magela/Agência Senado

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