Sexta-feira | 1º de março, 2019 | 19h38
Eles estão expostos novamente e apesar de tudo nos lembram os tempos antigos.

De volta aos velhos tempos: paralelepípedos bem alinhados ainda suportam o peso do desrespeito ao erário. Foto: aloimage
Recordar é viver e até certo ponto, tendo um olhar positivo – se é que isso seja possível – chega a ser interessante ver o antigo pavimento da Rua Tuiuti, próximo à esquina da Rua Tijuco Preto. Isso acontece graças à falta de manutenção preventiva e a execução do péssimo serviço de tapa buracos, contratado para consertar as deformações do asfalto, pagos pela municipalidade. De acordo com levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), 70% desse trabalho foi reprovado.
“O procedimento fiscalizatório, realizado entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016, foi determinado pelo relator e referendado pelo plenário do TCM, devido ao alto custo da operação tapa buracos – envolvendo gastos aproximados de 500 mil reais por dia – e o estado precário das vias públicas”, concluiu o órgão. Em ata de dezembro de 2017, ficou acordado pelos Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por unanimidade, que o serviço executado pela contratada fosse refeito nas oito prefeituras regionais auditadas – a da Mooca não entrou nessa auditoria – sem ônus financeiro para o município.

Desvio e perigo: na maioria dos buracos vistos é notório o serviço de baixa qualidade, como apurou o TCM. Foto: aloimage
Este exemplo demonstra que esse é mais um serviço carente de fiscalização rigorosa, onde as cifras ultrapassam a casa dos bilhões de reais, envolvendo a Superintendência das Usinas de Asfalto, a Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais e no topo dessa hierarquia a própria Prefeitura de São Paulo. A auditoria foi realizada nas prefeituras regionais da Casa Verde, Itaquera, Penha, V.maria/Guilherme, Capela do Socorro, Campo Limpo, Freguesia/Brasilândia e Ipiranga.
Nota da redação:
Apesar dos esforços em obtermos respostas da Prefeitura Regional Mooca, esta não comenta este assunto. Assim como também não responde sobre o processo de favelização que se amplia ao lado do Viaduto Bresser, onde os moradores agora estão usando cones para obstruir uma das pistas da Rua Pires do Rio e por onde os motoristas já temem trafegar. Tentamos uma reunião com o atual Prefeito Regional através da assessoria de imprensa, mas não obtivemos sucesso. Outro assunto em pauta são as ciclovias que foram instaladas e estão até hoje sem uso, como no Jardim Anália Franco e em outro extremo na Rua Taquari, no Belenzinho.

Rua Emílio Mallet: automóveis precisam passar pelo buraco que já é maior do que as rodas. Foto: aloimage
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