Na imagem que ilustra esta matéria, vemos um exemplar do tubarão-baleia (Rhincodon typus). Em média, a espécie possui o tamanho de 5,5 a 10 metros. O maior exemplar já registrado tinha 20 metros. Comparativamente, uma quadra de vôlei deve ter 18 metros e possuir uma área circundante de 3 metros. 


O tubarão-baleia é uma espécie de tubarão filtrador da ordem dos orectolobiformes e a maior espécie de peixe existente conhecida. Existem mais de 500 espécies de tubarões que nadam nos oceanos do mundo. No entanto, quando a maioria das pessoas pensa nestes peixes cartilaginosos (gênero Euselachii), uma única imagem vem à mente: um animal grande, assustador, com dentes afiados.

 

Essa generalização traz aos tubarões um prejuízo enorme, pois eles têm muito mais variedades do que isso. Variam no tamanho do comprimento de uma mão humana para mais de 39 pés (12 metros) de comprimento; metade das espécies de tubarões têm menos de um metro (ou cerca de 3 pés) de comprimento. Eles possuem cores variadas (incluindo a cor que se compara a um chiclete rosa). Alguns, como o tubarão-baleia, se alimentam de minúsculos plânctons, enquanto outros preferem peixes maiores e lulas. Eles são encontrados em praticamente todos os tipos de habitats do oceano, incluindo o mar profundo, oceano aberto, recifes de coral e sob o gelo do Ártico.

Onde quer que vivam, os tubarões têm um papel importante nos ecossistemas marinhos – especialmente as espécies maiores, que são mais “assustadoras” para as pessoas. Tubarões e outros membros de seu gênero foram os primeiros predadores vertebrados e suas proezas aperfeiçoadas ao longo de milhões de anos de evolução, o que lhes permite caçar como predadores do topo da cadeia, mantendo os ecossistemas em equilíbrio.

 

Grande tubarão-martelo em Bimini, Bahamas. Foto: Nigel Marsh / Getty Images

 

Milhões de anos de evolução em perigo

Mas os tubarões estão com problemas. O aumento da demanda por sopa de barbatana de tubarão, uma iguaria asiática, resultou no aumento da pesca de tubarões em todo o mundo; um número estimado de 100 milhões é morto pela pesca a cada ano. Os tubarões são capturados acidentalmente em redes ou em pesca de linha longa (no Brasil, também é chamada de espinhel – SP). E, por causa do medo desnecessário estimulado por filmes como Tubarão e outras películas, para algumas pessoas, o melhor a fazer é ferir ou matar tubarões – como o polêmico abate na Austrália. Isto acontece, apesar do fato de que é mais provável alguém ser morto por um raio do que mordido por um tubarão, e mais propenso a um ataque de cão do que de tubarão.

Combinadas, essas ações têm diminuído muito as populações de tubarões – por volta de 90 por cento desde que a pesca em grande escala começou.

Tudo isso coloca estes incríveis animais – e os ecossistemas em que eles desempenham um papel essencial – em perigo. Para protegê-los, comunidades e empresas ao redor do mundo estão aprovando políticas de gestão da pesca com base científica, a criação de santuários de tubarões e proibindo a prática da remoção e o comércio das barbatanas de tubarão.

 

 


Publicação original:
Sexta-feira, 25 de setembro de 2015, às 18h30


Atualização:
Sábado, 14 de junho de 2025


Destaque – Foto: Filippo Bacci / Getti Images / +aloart


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