Nos dias (6 e 7 de julho) uma oportunidade para escrever seus desejos nos tanzakus e participar da grande festividade que recebe anualmente milhares de visitantes.


O Festival das Estrelas ou Tanabata Matsuri, que acontece no bairro da Liberdade na capital paulista, é uma celebração tradicional japonesa e como outras tem origem em lindas histórias ou lendas. A festa anual remete ao encontro entre as estrelas Orihime e Kengyu (Vega e Altair), separadas pela Via Láctea – leia a lenda no final do post.

Folclore e atrações

Com entrada gratuita, a 45ª edição do Tanabata Matsuri começa às 10h e prossegue com apresentações de taikô (tambores japoneses), músicas tradicionais, danças folclóricas e artes marciais. Dentre outras atrações as barracas de comidas, onde os sabores da cozinha japonesa ganham destaque com sushis, tempurás, yakisobas, takoyakis e outras delícias.

Decoração

Para comemorar a data, a Liberdade ganha uma decoração especial com bambus enfeitados e coloridos. Os visitantes podem deixar seus pedidos nos tanzakus – pequenas fitas (ou bilhetes) onde as pessoas fazem seus pedidos e depois são pendurados nos bambus durante o Tanabata. Depois da festa, são enviados pelos organizadores a uma cerimônia, onde as fitas são queimadas para que a fumaça leve os pedidos até Orihime e Kengyu.

Celebração

A seguir leia uma versão da lenda que deu origem à festividade, comemorada há cerca de 1.150 anos e uma das mais importantes festas populares do Japão. Há registros de que o festival foi celebrado pela primeira vez no ano de 755 pela Imperatriz Koken, depois incluído nas comemorações do Palácio Imperial de Kyoto a partir do Período Heian (794–1185), mas o “Festival da Sétima Noite”, como também é conhecido, só ganhou popularidade na Era Edo (1603–1868), quando foi oficializado como feriado nacional.

Lenda do Tanabata Matsuri

Há muito tempo, de acordo com uma antiga lenda, morava próximo da Via-Láctea uma linda princesa chamada Orihime a “Princesa Tecelã”.

Certo dia Tentei o “Senhor Celestial”, pai da moça, apresentou-lhe um jovem e belo rapaz, Kengyu o “Pastor do Gado” (também nomeado Hikoboshi), acreditando que este fosse o par ideal para ela.

Os dois se apaixonaram fulminantemente. A partir de então, a vida de ambos girava apenas em torno do belo romance, deixando de lado suas tarefas e obrigações diárias.

Indignado com a falta de responsabilidade do jovem casal, o pai de Orihime decidiu separar os dois, obrigando-os a morar em lados opostos da Via-Láctea.

A separação trouxe muito sofrimento e tristeza para Orihime. Sentindo o pesar de sua filha, seu pai resolveu permitir que o jovem casal se encontrasse, porém somente uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar, desde que cumprissem sua ordem de atender todos os pedidos vindos da Terra nesta data.

Na mitologia japonesa, este casal é representado por estrelas situadas em lados opostos da galáxia, que, segundo os astrônomos, realmente só são vistas juntas uma vez por ano: Vega (Orihime) e Altair (Kengyu).

Realização

O Festival das Estrelas / Tanabata Matsuri é realizado desde 1979 pela ACAL – Associação Cultural e Assistencial da Liberdade e pela Associação da Província de Miyagi, na praça da Liberdade, em São Paulo, sempre no mês de julho.


Destaque – Imagem: aloart


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