Segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017, às 20h22
Normalmente relacionamos essas falhas ao processo de envelhecimento, mas se engana quem pensa que esse problema atinge apenas as pessoas de idade avançada.
Você tem certeza de que trancou a porta de casa ao sair? Não esqueceu a cafeteira ligada? Pagou a conta que venceu ontem? Ih, a janela ficou aberta e se chover vai molhar tudo!... Quantas vezes nos pegamos puxando pela memória para checar se cumprimos os pequenos compromissos de uma rotina cheia de afazeres, e em algumas delas não conseguimos respostas de pronto por causa dos lapsos. Calma, isso é absolutamente normal, ainda mais quando há quebra na rotina. Mas quando essas falhas passam a ser frequentes e começam a atrapalhar as atividades do dia a dia, é hora de procurar um médico.
Há vários fatores que contribuem para as falhas da memória, ressalta o neurologista Renato Anghinah, coordenador do Departamento Científico de Traumatismo Cranioencefálico da Academia Brasileira de Neurologia (ABN). Segundo ele, os fatores mais comuns que causam os lapsos são sobrecarga de trabalho, estresse e distúrbio do sono, isso se não estiverem associados a doenças como Doença de Alzheimer e a depressão.
Normalmente relacionamos essas falhas ao processo de envelhecimento, mas se engana quem pensa que esse problema atinge apenas as pessoas de idade avançada. O neurologista confirma que os excessos de compromissos, a correria do dia a dia, as noites mal dormidas, problemas carenciais, metabólicos, hormonais e os estados depressivos também provocam os lapsos de memória nos mais novos. Mas o Dr. Renato Anghinah adverte que os esquecimentos podem ter outra origem. “Às vezes o jovem pode se queixar da memória, mas, na verdade, ela está com problemas tencionais”, diz o especialista.
A boa notícia é que é possível evitar esse quadro, e isso em qualquer estágio da vida. Segundo o Dr. Renato Anghinah, o melhor meio de prevenção é ter uma rotina mais saudável, com uma jornada de trabalho adequada e o cumprimento das horas de sono necessárias. Caso a pessoa tenha adquirido as falhas de memória por uma doença como Alzheimer ou depressão, o neurologista afirma que é possível ter uma melhora na qualidade de vida. “Se ela apresenta uma depressão, por exemplo, dá para fazer o diagnóstico e buscar uma melhora, Alzheimer e distúrbio do sono também são doenças tratáveis”, explica.
O mais indicado, no entanto, é fazer a prevenção do quadro buscando uma rotina mais saudável e menos estressante, e isso necessariamente vem associado à prática de exercícios físicos e a uma alimentação balanceada. Outro aliado importante no combate às falhas de memória é o uso lúdico da mente, seja por meio de leitura e de jogos como sudoku ou ábaco, além da velha e boa palavras cruzadas.
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