Sábado | 23 de janeiro, 2021 | 20h16


Há quase um ano as notícias no Brasil mostram a politização da situação pandêmica. Será que não há limites para os políticos? Enquanto isso ocorre, partidos liderados por esquerdistas da oposição, com cérebros já arruinados, jogam com palavras querendo transferir seus atos do passado ao governo Bolsonaro.

Gerson Soares

Desde março de 2020, o país faz parte de um ataque global, protagonizado por uma doença ainda relativamente desconhecida da ciência. Hipóteses, divagações e especulações são a tônica dos meses infindos de mortes e problemas gerados por esse mal. Mas um fato precisa ser registrado nos anais da história brasileira: uma parte da classe política despudorada continua tirando proveito até dessa situação que já levou mais de 215 mil pessoas a óbito.

Já nos chocamos com o desvio de verbas públicas destinadas à merenda escolar das crianças por deputados paulistas; com mandatários entregando o dinheiro dos impostos pagos pelos brasileiros a governantes que levaram seu povo ao terror, a fome e pobreza extrema, leia-se Venezuela e Cuba, apenas para exemplificar; a ganância de parte dos políticos tirou até a alegria do futebol desviando fortunas em obras na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014. E, entre outras façanhas, temos vivido recentemente o superfaturamento e desvios de verbas para combater a pandemia que assola o país. Como no Amazonas onde o governo é investigado, agora não tem nem oxigênio, mas tem um estádio de futebol construído pelo PT. Valor gasto com a obra: 624 milhões de reais. Chocamo-nos, ainda, com as mordomias proporcionadas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), onde há licitações para prestação de serviços de buffet com exigências refinadas para café da manhã, almoço e jantar; banquetes regados a vinhos e comidas espetaculares, entre outras regalias inimagináveis por “pobres mortais brasileiros” que trabalham para sustentá-las. Como se diz: isso é legal, mas não moral.

Os partidos de oposição ao atual governo declaram abertamente que não votarão as reformas necessárias para o país propostas pelos Ministros de Estado, principalmente da pasta econômica. Sem as reformas tributária e administrativa a economia não avança com a velocidade necessária. Segundo consta nos bastidores da política, “se aprovarem as reformas e o setor econômico avançar, o povo brasileiro poderá reeleger Bolsonaro”. Isso os oposicionistas não admitem. Portanto, para eles, é melhor que o país continue patinando!

Em São Paulo, os deputados votaram em outubro de 2020, aumentos extraordinários para emissão da Carteira Nacional de Habilitação - CNH (de 59 para 110 reais = 81%) e licenciamento de veículos (de 98,91 para 131,80 reais = 40%) que passaram a vigorar no dia 15 de janeiro de 2021. Em 2019 começou a valer um reajuste aprovado em 2014 para aumentar o IPTU em São Paulo. Apenas para exemplificar, os valores na faixa de 1.000 reais pagos em 2018 subiram a 3.400 reais para determinadas unidades, entre os exercícios de 2019 e 2020 (valores aproximados).

As escolas pararam, o comércio fechou, as vacinas não chegam na velocidade que deveriam. Por sua vez, a propaganda e as verbas destinadas para divulgação de ações governamentais são céleres, como os 12 milhões para divulgar a campanha em São Paulo – destinados a jornais, revistas e TV aberta. Faltavam seringas para aplicar as vacinas, agora são os insumos da CoronaVac que não chegam. A população não aguenta mais tanta desinformação e falácias, retóricas e promessas.

Até quando a Covid-19 será politizada no Brasil? Até quando os brasileiros sofrerão com governos como os do PT que arruinaram a economia brasileira durante 16 anos, e agora acusam o governo atual de causar desemprego e genocídio? Lembrando que a equipe de Bolsonaro acaba de completar dois anos e não teve nenhum caso de corrupção. Enquanto, esses que o acusam povoam as cortes do país com processos por suas iniquidades.

O presidente é chamado de genocida por partidos de esquerda por ter-lhes secado as fontes de corrupção entre outras providências – como os milhares de funcionários nomeados que na verdade eram sanguessugas do dinheiro público. O executivo brasileiro é combatido dia e noite por uma imprensa partidária que também viu a fonte inesgotável de verbas governamentais secarem. Foi chamado de facínora pelo governador de São Paulo em plena audiência pública. Aonde foi parar a ética? É uma ofensa contra os 58 milhões de eleitores brasileiros que o elegeram.

Todas essas ações estão visando a próxima eleição que só chegará em 2022, mas estão acabando com os sonhos de muita gente que acredita no governo atual e no país. Ao mesmo tempo dizem que quando estiverem no poder farão melhor, serão bons para o povo. Outra vez?! Referindo-me diretamente ao PT e ao PSDB, cuja hegemonia dominou a política nos últimos vinte e cinco anos ao lado do PMDB eu pergunto: Mas por qual motivo não fizeram isso durante o tempo em que estiveram no poder? Por acaso o Brasil estava melhor do que hoje?

Deixem o Brasil avançar senhores parlamentares. Disputem justamente a vaga em 2022, mas agora estamos apenas iniciando o ano 2021, o país precisa trabalhar, estudar, crescer e avançar.

Ao invés de aumentarem os impostos, a burocracia e os próprios salários, criando os aumentos nas gôndolas dos supermercados, nas barracas das feiras, nos açougues e nos pequenos comércios; cortem as suas mordomias, carros, garçons, banquetes. Vocês podem fazer isso agora mesmo. Doem seus salários, diminuam drasticamente o número de funcionários de gabinetes, verbas disso e daquilo. Façam isso pelo país ou mudem o discurso, votem o que precisa ser votado e trabalhem. Acusar o presidente pela pobreza, desemprego, pela miséria humana e intelectual em que o Brasil se encontra hoje, nada mais é do que admitir a própria culpa.

Foram vocês parlamentares que entregaram a Bolsonaro e sua equipe 14 milhões de desempregados. Levarão o país a um déficit primário (não computa os juros da dívida pública) que atingiu a casa dos 120,3 bilhões. A falha na administração levou a presidente Dilma Roussef ao impeachment, agora pedem a mesma penalidade para Bolsonaro, já são mais de 60 pedidos de impeachment feitos pela oposição sob os mais estapafúrdios motivos.

Os políticos e todos aqueles que se opõem ao progresso em nome dos próprios interesses, envergonham o país. O povo brasileiro não merece tanta desordem proporcionada por quem deveria fazer a ordem. O povo brasileiro não alcança o seu merecido lugar, por conta do peso que precisa carregar: uma massa apodrecida da classe política que deseja continuar mantendo seus privilégios, obtendo favores, favorecendo interesses estranhos e não conhece o patriotismo.

Hospital de campanha no Ibirapuera para tratamento de COVID-19 erguido em tempo recorde, sem licitação devido ao estado
de emergência atual. Custo informado de 12 milhões, mais 10 milhões por mês para manutenção. Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

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