Domingo | 17 de julho, 2022


Roberto Dubeau, descendente de imigrantes franceses, nasceu na cidade praiana de Santos-SP em 16 de setembro de 1926 e logo viria morar no Tatuapé, onde foi fotografado em sua bicicleta num momento irreconhecível do largo que viria se tornar a praça mais famosa da região.


A chácara do seu pai com 3.500 metros quadrados ficava na Rua Coelho Lisboa, 347 e fazia fundo com a Rua Serra de Juréa. Nessa época o futebol fazia parte da vida dos rapazes e Dubeau jogava no Record F. C., cuja sede era um bar que ficava em frente à casa de Marina, uma bela morena por quem ele se apaixonou. “Ele ficava me paquerando, eu o conheci porque morava em frente ao bar aonde o time que ele jogava se reunia”, diz Marina Moreno Dubeau, hoje uma bem humorada senhora com seus 79 anos.

Esse flerte os levou ao noivado bem no dia de Santo Antonio (13 de junho), o santo casamenteiro. “A gente já namorava e o pai dele faleceu no dia 4 de abril de 1946”, lembra Marina e depois de tanto tempo brinca: “Ele precisava casar, né?” e acrescenta: “A partir daí ele se tornou pai e mãe das duas irmãs e dois irmãos, já que a mãe falecera quando ele tinha apenas 12 anos. Quem cuidou dele foi a dona Irinéia.

No ano seguinte os noivos se casaram e foram morar na chácara do marido até 1957, aonde começaram a formar sua família. Depois mudaram para o número 260 da mesma rua. Apesar de residirem numa chácara os dois não plantavam para vender. Roberto alugava o espaço para outros plantarem e colherem, pois sua profissão era a de Tapeceiro, pelo qual ficou bastante conhecido.

Do amor de Roberto e Marina nasceram 12 filhos, que geraram 24 netos e destes mais 9 bisnetos, até agora! Uma verdadeira história de amor.


 

Roberto Dubeau em sua bicicleta na Praça Sílvio Romero, 1946 – A foto foi dada à sua esposa Marina, quando começaram a namorar no mesmo ano: A construção que aparece era a casa da chácara de Toninho Teimoso (assim conhecido). Estendia-se da Rua Tuiuti até as proximidades da Rua Coelho Lisboa, note-se a cerca. O arvoredo chegava até a Rua Cantagalo, nessa direção a próxima chácara era da Família Camardo. (Foto doada ao acervo particular do Portal Alô Tatuapé, para uso educativo).

 


Informações e foto:
Da obra “Memórias do Tatuapé – A história contada por quem viveu”, de Gerson Soares. Revista Alô Tatuapé, São Paulo: dez. 2007, p. 18. Depoimentos e fotos da Família Dubeau | Marina Moreno Dubeau (Foto doada ao acervo particular do Portal Alô Tatuapé, para uso educativo).