Sexta-feira, 6 de maio de 2016 às 18h31
Com a paciência esgotada e os nervos à flor da pele, a maioria dos parlamentares que compõe a Comissão Especial de Impeachment do Senado (CEIS) aprovaram no início da tarde desta sexta-feira, a continuidade do rito do processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef.
Por 15 votos a 5, os anti-governistas venceram a votação contra os defensores do atual governo. Estes por sua vez, afirmaram até o fim que o processo é um golpe. Do outro lado, diversos senadores apresentaram sua indignação em detrimento das “mentiras” e “ações para se reeleger”.
O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que a fraude fiscal pela qual a presidente Dilma Rousseff está sendo julgada empurrou o Brasil para a maior crise de sua história. Rebatendo as críticas de que haverá supressão de direitos trabalhistas em um eventual governo Temer, ele disse que nada atenta mais contra os trabalhadores do que o desemprego – “e o país tem hoje 11 milhões de desempregados”.
Os aliados do governo alegaram que Dilma Rousseff não cometeu crime algum e está sendo vítima de um golpe. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) encaminhou voto contrário: “Está se dando à presidente Dilma a pena máxima que é o afastamento do seu mandato. É como se fôssemos penalizar uma infração de trânsito com a pena de morte. E é pela fragilidade das acusações que se coloca aqui o dito conjunto da obra”, argumentou.
“É importante lembrar que estamos tratando de um assunto de grande importância histórica e política. E isso faz com que, muitas vezes, as posições divergentes ultrapassem um pouco os limites. Mas tivemos sorte de, nos momentos mais críticos, ter paciência para que o ambiente voltasse à tranquilidade e o objetivo fosse cumprido”, analisou o presidente da CEIS Raimundo Lira.
Na próxima quarta-feira (11), o Plenário do Senado discute a admissibilidade do pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff, aprovada, nesta sexta-feira (6), pela comissão especial.
Com informações da Agência Senado
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