Na edição sobre a História de São Paulo, conhecemos alguns detalhes sobre esse curso d'água. Mais valorizado e preservadas suas características durante a urbanização da capital, através dos séculos, hoje poderia ser admirado como um espetáculo da natureza.


A Várzea do Carmo era a área alagadiça do Rio Tamanduateí, em cujas mansas margens se congregavam as lavadeiras, para esfregar e alvejar roupas. As casas que tinham os fundos voltados para o rio eram providas de escadarias, onde os moradores iam pescar e atracavam suas canoas e barcos.

Navegação

No Tamanduateí houve navegação, ainda que restrita pela pouca profundidade das águas, sendo célebre o porto que existiu no fim da Ladeira Porto Geral, antigo Beco das Barbas, onde atracavam as embarcações trazendo mercadorias que eram transportadas por barcos e canoas abertas em troncos de árvores.

Ponte do Carmo

No início do século XX, o prefeito Antônio Prado canalizou e aprofundou o leito do rio corrigindo seu curso e causando o desaparecimento dos portos. A Ponte do Carmo sobre o Rio Tamanduateí, caminho para o bairro do Brás, era de madeira originalmente, mas, constantemente arrastada pelas enchentes, foi substituída em 1895 por uma de cantaria com um arco e por outra de alvenaria em 1903, por sua vez demolida em 1929. Devido à proximidade do rio com as casas, era comum os moradores se deslocarem de barco.

 

Clique para ampliar. Várzea do Carmo. Imagem: Livro “Lembranças de São Paulo – A capital Paulista nos cartões-postais e álbuns de lembranças”. Publicado sob autorização dos autores.

 


Publicação:
Domingo | 24 de setembro, 2023