Domingo, 3 de abril de 2016 às 10h27


São Paulo e suas águas, faz referência aos rios Anhangabaú, Tamanduateí, Tietê e Pinheiros. Leia a matéria da Fundação Energia e Saneamento de São Paulo (FES).

 

Canal do Rio Pinheiros em direção sul da Avenida Cidade Jardim. Foto: acervo da Fundação Energia e Saneamento de São Paulo.

Canal do Rio Pinheiros em direção sul da Avenida Cidade Jardim. Foto: acervo da Fundação Energia e Saneamento de São Paulo.

 

Em 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU), estabeleceu o Dia Mundial da Água. Na ocasião, foi divulgada a Declaração Universal dos Direitos da Água, documento composto por dez artigos com sugestões que visam despertar a consciência ecológica para essa questão. A Declaração informa em seu artigo primeiro que “a água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.”

Elemento essencial à vida, a água tem sido evocada por poetas, prosadores e historiadores. Entre as muitas referências à sua importância, tornou-se célebre a frase de Heródoto (séc. 5 a.C.), segundo o qual o Egito seria uma dádiva do Nilo.

A mesma expressão pode ser usada em referência à cidade de São Paulo, pois sem o Anhangabaú, o Tamanduateí, o Tietê e a rede de córregos e regatos inseridos em seu território, a capital paulista e os demais núcleos urbanos vizinhos não teriam florescido.

 

Rio Tamanduateí, no bairro da Ponte Pequena, quase junto ao ponto de confluência no rio Tietê. 27/1/1900. Foto de Guilherme Gaensly

Linha de transmissão de energia na altura da Ponte Pequena, no rio Tamanduateí, em direção à várzea do rio Tietê. 4/12/1900. Foto de Guilherme Gaensly

No decorrer do século passado, políticas públicas levaram ao soterramento de cerca de 1.500 quilômetros de rios paulistanos. Embora tenha enterrado vivos seus corpos d’água, conforme expressão do engenheiro Guilherme Castagna, eles continuam fundamentais para a cidade.

Com a missão de preservar e divulgar o patrimônio histórico dos setores de energia e saneamento ambiental, a Fundação Energia e Saneamento preserva e coloca à disposição dos pesquisadores e do público em geral um rico e diversificado acervo – datado de final do século 19 ao 21 –, que registra muitas das transformações da paisagem urbana e das soluções adotadas em relação ao aproveitamento das águas na capital paulista, ao longo de mais de 100 anos.

Vista da Ponte Grande em 1926, sobre o Rio Tietê, durante competição de esportes náuticos. S.d. Foto de Raul Almeida Prado

Confluência dos rios Tietê e Pinheiros, olhando-se em direção a Osasco. S.d. Foto: acervo FES