Previdência: nova reforma deveria mexer em idade mínima, tempo de contribuição e reduzir exceções, afirma Luís Eduardo Afonso do FGV IBRE.


A antecipação da necessidade de um novo ajuste no sistema previdenciário brasileiro – tema da revista Conjuntura Econômica de julho (publicação FGV IBRE), que será divulgada esta semana – tem ganhado espaço na mídia e na agenda dos especialistas, que voltam a desenhar propostas para reduzir os desequilíbrios entre benefícios e arrecadação.

Luís Eduardo Afonso, professor da USP, é um deles. Junto a Fabio Giambiagi (FGV IBRE) e o atuário Rodrigo Souza Silva, é autor de novo Texto de Discussão do FGV IBRE, que apresenta uma proposta de mudança para a idade da aposentadoria no regime geral (RGPS).

Reforma da idade de aposentadoria

A previdência social é tema da maior relevância na agenda do país. Somente no INSS, a despesa passou de 2,5% do PIB em 1988 para 8,3% em 2023. A reforma de 2019 deixou pontos em aberto. O período contributivo mínimo ainda é reduzido e a diferença de idade entre homens e mulheres poderia ser menor.

Composto por 65 páginas, o texto “A reforma da idade de aposentadoria”, propõe uma reforma que eleve progressivamente a idade de aposentadoria e o período contributivo mínimo e reduza o diferencial de idade entre gêneros. “Propõe-se que a aposentadoria seja obtida por idade ou por pontos (dados pela soma da idade com o período contributivo),” diz o documento.

Diagnóstico

A partir desse diagnóstico, o texto propõe que a aposentadoria seja obtida por idade ou por pontos (dados pela soma da idade com o período contributivo). No Cenário Base é estudado o caso dos trabalhadores com renda inicial de 1 salário mínimo, no qual a aposentadoria conseguiria repor cerca de 2/3 da renda. Os interessados podem ler o trabalho completo neste link.


Fonte: FGV IBRE


Destaque – Imagem: aloart


Publicação:
Quarta-feira | 10 de julho, 2024


Leia outras matérias desta editoria

Processos no STF e tarifas americanas mexem com os negócios no Brasil

A instabilidade política, desta vez, alcança a economia de uma forma inesperada desde o dia 9 de julho, atingindo as exportações com as tarifas impostas pelos Estados Unidos, segundo maior parceiro de negócios que deu início a investigações sobre as...

Taxação de 50% dos EUA: o que o Brasil pode perder?

João Eloi Olenike — Presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) Leia a análise sobre os impactos para o Governo, consumidores e contribuintes. O presente artigo tem como objetivo oferecer uma análise...

Trump diz que pode conversar sobre tarifas, mas não agora

A repercussão do tarifaço americano ao Brasil não é só política, como querem enfiar goela abaixo dos brasileiros, setores importantes da economia preveem graves consequências que já estão em curso. Aos jornalistas, o presidente americano disse que poderá...

Tarifa de 50% sobre produtos brasileiros aos EUA preocupam principais setores de exportação

Diversos setores, como o agronegócio, minério de ferro ou petróleo bruto, laranja, aço, café e aeronaves; federações das indústrias de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, entre outros estados, repercutem o aumento da tarifa de exportação imposta pelo...

Inflação pelo IPC-S subiu 0,13% na primeira quadrissemana de julho

O IPC-S da primeira quadrissemana de julho de 2025 subiu 0,13%¹ e acumula alta de 3,81% nos últimos 12 meses. Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição...

Inflação desacelera em quatro das sete capitais componentes do IPC-S

Quatro das sete capitais pesquisadas registraram decréscimo em suas taxas de variação. O IPC-S da primeira quadrissemana de julho de 2025 subiu 0,13%, resultado abaixo do registrado na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de...

Capital dispara na liderança da geração de empregos no Brasil em 2025

Leia outras matérias desta editoria

IGP-M cai 1,67% em junho, mostra FGV

A queda do IGP-M em junho foi puxada pelos recuos nos índices ao produtor e ao consumidor, com destaque para a forte retração das matérias-primas brutas no IPA e pelo grupo alimentação no IPC. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 1,67% em junho,...