Ela já passou, mas está na memória de todos. Estamos falando da pandemia que atingiu o mundo e causou grandes mudanças no comportamento das pessoas e das empresas. Uma delas é a ativação do comércio eletrônico e o uso das ferramentas digitais: “Essa é uma mudança que veio para ficar”.


Conforme a Pesquisa Pulso do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada na semana passada (13/09), a digitalização das MPEs (Micros e Pequenas Empresas) alcançou o melhor resultado desde o início da pandemia de Covid-19. O levantamento mostrou que 75% dos micro e pequenos empresários usam os meios digitais para fazer negócios, ou seja, três em cada quatro pequenas empresas do país. “Esse é o melhor resultado de toda a série histórica da pesquisa, iniciada logo após a chegada da pandemia de Covid-19 ao Brasil. Em maio de 2020, 59% das micro e pequenas empresas haviam digitalizado seu negócio,” aponta o estudo.

Comparações

O levantamento mostra uma evolução de 6 pontos percentuais quando comparado à edição anterior da pesquisa feita no último mês de abril, quando 69% do universo das MPEs utilizavam ferramentas digitais para impulsionar as vendas. Entre os Microempreendedores Individuais (MEIs), a proporção identificada em julho é ainda maior (76%), enquanto os micros e pequenos atingiram 73%.

Mercado

De acordo com o presidente do Sebrae, Décio Lima, o comportamento dos clientes mudou definitivamente, forçando as empresas a se adequarem a este novo modelo de consumo, incorporando as estratégias digitais ao negócio. “Essa é uma mudança que veio para ficar. No próprio portal do Sebrae, já havíamos identificado um crescimento de 220% na procura por conteúdos sobre o mercado digital, somando 8 milhões de acessos entre 2019 e 2022.”

Presença digital

A pesquisa demonstra ser fundamental que a pequena empresa tenha uma presença digital e que ela busque profissionalizar o uso de ferramentas como o WhatsApp e o Instagram para ampliar as vendas e fidelizar o cliente. “Toda empresa que abre as portas atualmente, já precisa nascer atuante nos dois ambientes, físico e digital”, destaca Décio Lima.

Questão de sobrevivência

No entanto, o presidente do Sebrae ressalta que o número de empresas que ainda não utilizam a internet para comercializar seus produtos e serviços é ainda muito alto. “Essa é uma questão de sobrevivência para os pequenos negócios. Por isso, é importante estar inserido nesses canais digitais, usar de forma proficiente os recursos que a internet oferece”, comenta. As estimativas de comércio eletrônico, de acordo com as associações do ramo, apontam para um faturamento de R$ 186 bilhões em 2023.

Dados

Os dados da 4ª edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios foram obtidos através de uma amostra de 5.789 entrevistados, distribuídos por todos os estados do país e Distrito Federal. Entre os empreendedores, 61% são MEI, 34% donos de médias empresas e 6% de empresas de pequeno porte (EPP). De acordo com as projeções da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento do e-commerce deve alcançar a marca R$ 185,7 bilhões em 2023, chegando a R$ 273 bilhões em 2027.


Fontes: SEBRAE | ecommercebrasil | ABCOMM


Destaque – Imagem: aloart


Publicação:
Domingo | 17 de setembro, 2023