Segunda-feira | 22 de agosto, 2022

Pela sua beleza, esta foi escolhida como a imagem do dia 29 de julho último, pela agência espacial norte-americana.


Uma equipe de astrônomos liderada por Samuel Green, do Instituto de Estudos Avançados de Dublin, na Irlanda, construiu os primeiros modelos detalhados de computador da onda de choque que pode ser vista aqui (amplie a imagem mais abaixo), através dos dados obtidos em diferentes comprimentos de onda de raios-X, óptica, infravermelho e rádio. Por ter sido praticamente expulsa do seu lugar de nascimento, o título do artigo original da Nasa é “Abraçando uma estrela rejeitada”.

Zeta Ophiuchi

Ela é a terceira estrela que mais brilha em nosso céu. A Zeta Ophiuchi tem um passado complicado, provavelmente tendo sido ejetada de seu local de nascimento por uma poderosa explosão estelar. Um novo visual do Observatório de Raios-X Chandra da NASA ajuda a contar mais sobre a história desta estrela fugitiva.

Localizada a cerca de 440 anos-luz da Terra, Zeta Ophiuchi é uma estrela quente (azul) 20 vezes maior que o Sol. O astro-rei está a 500 anos-luz da Terra e é uma estrela amarela.

Explosão de supernova

Observações anteriores forneceram evidências de que Zeta Ophiuchi já esteve em órbita próxima a outra estrela, antes de ser ejetada a cerca de 100.000 milhas por hora quando aquela sua companheira foi destruída em uma explosão de supernova há mais de um milhão de anos.

Basicamente a explosão de uma supernova acontece quando uma estrela massiva – assim considerada quando possui cerca de 8 a 10 vezes o peso (massa) do Sol – chega ao final da sua evolução.

Onda de choque espetacular

Dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer da NASA – atualmente aposentado –, divulgados anteriormente e vistos nesta nova imagem composta – as novas tecnologias conseguem equalizar dados de raios-X, ópticos e de rádio ao infravermelho –, revelam uma onda de choque espetacular (vermelho e verde) que foi formada pela matéria expelida pela superfície da estrela ao colidir com o gás em seu caminho.

Os dados do Chandra mostram uma bolha de raio-X – emissão (azul) localizada ao redor da estrela – produzida pelo gás que foi aquecido, devido os efeitos da onda de choque a dezenas de milhões de graus, criando mais uma imagem fantástica do universo.

 

Crédito da imagem – X-ray: NASA/CXC/Dublin Inst. Advanced Studies/S. Green et al.; Infrared: NASA/JPL/Spitzer