Sexta-feira, 28 de julho de 2017 às 18h55
Há exatos 30 dias, mostramos a falta de logística que ocorreu na Rua Emílio Mallet, depois que o tapa-buracos fez consertos a poucos metros dos mostrados na imagem abaixo. A cada dia que passa, as crateras atrapalham mais, dificultando a travessia de pedestres e as manobras dos motoristas.
Em contato com Prefeitura Regional da Mooca no dia 28 de junho, fomos informados que esse problema específico seria resolvido no dia 3 de julho, que já havia sido feita uma inspeção no local. Um mês passou e até agora nada. É preciso salientar que dentre os casos apontados pela reportagem (leia em Tatuapé: motoristas e pedestres fazem peripécias para evitar buracos) foram tapados os buracos da esquina da Rua Tuiuti com Rua Azevedo Soares e, entre outros, o da confluência das ruas Monte Serrat e João de Almeida.
O problema é que o número de crateras que surgem está ganhando a corrida contra o tapa-buracos da Prefeitura. No último dia 6, devido à falta de resposta do órgão e solução do problema citado acima, fomos conferir o itinerário de consertos diretamente com uma equipe que estava na Rua Padre Estevão Pernet – outra das mais prejudicadas vias do bairro em matéria de manutenção – constatando que o conserto apontado na Rua Emílio Mallet esquina com Antonio de Barros não estava programado naquele dia.
Apesar da grande extensão, esta parte dessa via chama a atenção por também possuir mão dupla, apesar de ser estreita entre a Praça José Luiz até a confluência com a Rua Antonio de Barros e conter carros estacionados dos dois lados. Para trafegarem nesse trecho, os motoristas precisam fazer manobras arriscadas, e quando chegam à esquina se deparam com os buracos, travessia de pedestres, o fluxo intenso de carros e a falta de visão para virar à esquerda.
Pastel de Feira recheado com multa
Não muito longe dali, à distância de cinco bons quarteirões, acontece a feira livre no bairro que vai desde a Rua Apucarana até a Rua Itapura às sextas-feiras, onde o cidadão é multado pelo simples fato de estar aproveitando um pequeno espaço, uma pequena vaga que a sorte lhe proporcionou para estacionar o carro, a fim de comprar um pastel. Sorte sim, porque o bairro carece de vagas há muito tempo.
O fato ocorreu com as rondas motorizadas da CET, ávidas por guinchar e aplicar multas aos incautos. Na última sexta-feira, uma senhora usando bengala, acabara de deixar a vaga na entrada da feira na Rua Itapura. Por muito pouco também não amargou uma multa.
Quem frequenta a Rua Monte Serrat para deixar ou apanhar algum passageiro sabe do perigo que corre ao estacionar e sair do veículo nas proximidades da estação Carrão do metrô. É comum ver os cavaletes com os dizeres “Veículo Guinchado Ligue 1188”, na esquina da Rua Monte Serrat com a Rua Platina.
A Prefeitura tem recebido elogios pela sua atuação em alguns setores, mas é preciso lembrar que os impostos pagos pelos condutores de veículos não são baratos. Seria politicamente correto que aqueles que pagam os salários e sustentam a máquina pública tivessem o direito de trafegar em ruas minimamente transitáveis.
Há tempo mostramos que a falta de conhecimento das ruas do bairro do Tatuapé e Jardim Anália Franco, levam os engenheiros da CET a ignorarem sugestões como a ampliação dos estacionamentos em 45º. Ao invés disso, criaram as três faixas nas esquinas das ruas onde a rolagem é feita em duas. A providência inútil, impede o aproveitamento de algumas poucas vagas. As três linhas se transformaram em ponto de largada para os motoristas, disputando o primeiro lugar após o cruzamento poucos metros à frente, onde as vias voltam a ter duas faixas.
É uma proeza seguida de outra. Recentemente a Prefeitura demarcou diversas vias do bairro com a chamada sinalização horizontal, o que deixa mais vistoso seu trabalho, mas não resolve o problema das ruas esburacadas.
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