Quarta-feira, 28 de junho de 2017 às 19h48
Na verdade, a proliferação chega ser atípica e pode estar sendo gerada pelo excesso de veículos e falta de manutenção.
Os testes de habilidade e elasticidade de motoristas e pedestres, ocorrem diante do surgimento desproporcional de buracos que aparecem semanalmente e não poupam nem mesmo as faixas de pedestres. Mais exatamente nas ruas do Tatuapé, chega ser atípica a rápida proliferação desse tipo de imperfeição na capa asfáltica, apesar de que é notória a falta de manutenção nas vias de toda a cidade.
Também é preciso levar em conta o tempo da atual gestão para que resolva os problemas deixados pela gestão anterior – se é que conseguirá fazê-lo. Além das questões financeiras, dribladas com habilidade pelo prefeito João Doria através de parcerias, de qualquer forma os impostos sobre propriedade de veículos e imóveis (IPVA e IPTU) continuam sendo cobrados, inclusive com os devidos reajustes. Portanto, a população pede que seja dada atenção aos fatos que transtornam o seu cotidiano.
Comprovadamente a baixa qualidade do recapeamento e da prestação dos serviços pode levar ao descontrole. Em matérias anteriores, citamos a Rua Tuiuti esquina com a Rua Azevedo Soares, onde o tapa-buraco efetuou os consertos, ainda na gestão Haddad, e poucos meses depois lá estavam eles novamente, os velhos defeitos na via, já conhecidos dos motoristas. Na atual gestão do prefeito regional Paulo Sergio Criscuolo, que teve início em janeiro, o mesmo endereço da Rua Tuiuti fora recapeado, mas até a manhã desta quarta-feira (28), a buraqueira insiste em se alastrar. As imperfeições citadas ficam em frente à fachada de um edifício, pouco antes da esquina, sentido Praça Ituzaingó.
Citando mais um endereço, dentre os vários existentes, com pequenos buracos que vão se alastrando diariamente, mostramos três consertos realizados há pouco mais de uma semana, à altura do número 1.890 da Rua Emílio Mallet (veja imagem). No entanto, a menos de 20 metros desse local, no sentido da esquina com a Rua Antonio de Barros, foram deixados dois outros buracos abertos, com as mesmas características, sem os devidos reparos.
Problema recorrente é a chamada “costela de vaca” (ou seria de búfalo?) que foi consertada e reapareceu na Rua Azevedo Soares, em frente ao Colégio Ascendino Reis. Este caso, amplamente demonstrado como perigoso, pelos desvios dos motoristas de carros e ônibus, já completa 3 anos e 8 meses desde a primeira reportagem. Em agosto de 2015, foi feito um conserto, mas o problema reapareceu logo em seguida.
Fica a pergunta: Por que não realizar um trabalho único e bem feito que dure e poupe gastos?
Semáforo na contramão é retirado
Na última sexta-feira (23) nossa reportagem pode observar, finalmente, a retirada de um semáforo instalado na contramão da Rua Apucarana, absurdo que só pode ocorrer em administrações onde os prestadores de serviços e responsáveis são coniventes com algum tipo de convenção fora do planejamento urbano ou administrativo. De qualquer maneira, o prejuízo, por menor que seja (no caso de aproveitamento desse dispositivo de sinalização) deixa sequelas, já que o poste que sustentava o semáforo continua instalado no local – uma lembrança, um troféu ao descaso com o dinheiro público, à insensatez.
Respostas da assessoria da Prefeitura Regional da Mooca
Em resposta às nossas questões quanto aos buracos, à retirada do semáforo e a não remoção do poste que o sustentava, a assessoria do órgão regional ligado à Prefeitura de São Paulo, respondeu que os buracos já foram inspecionados e serão consertados na próxima segunda-feira (3/7), e que o problema apontado de sinalização deve ser checado com a CET.
Nota da Redação:
Em contato com a CET desde a surpresa com o dito equipamento instalado no bairro, flagrado pela reportagem publicada em 1º de agosto de 2016, o órgão respondeu, 15 dias depois: “Informamos que o semáforo instalado ao contrário será retirado”. Sem que tivesse respondido às demais questões (saiba mais) fizemos novo contato telefônico. A retirada de fato só ocorreu agora, em junho de 2017. Portanto, 10 meses depois do suposto erro de projeto – conforme informou à época, irritado com as perguntas, o assessor da CET.