Sexta-feira, 18 de março de 2016 às 19h24
O juiz Sergio Moro vira alvo de ataque aberto do governo que reage aos grampos e revelações desta semana conturbada.
Gerson Soares
Mais do que nunca, o juiz Sergio Moro vai precisar de apoio. A máquina governamental se revolta contra ele e deve ganhar força com a chegada de Lula na Avenida Paulista, esperado para daqui a pouco. O agora ministro da Casa Civil, cargo-chave no governo deve erguer a voz, principalmente depois que a AGU (Advocacia Geral da União) derrubou as duas liminares que o impediam de assumir o cargo, com pouco mais de 24 horas após as medidas liminares impetradas contra sua nomeação.
Na noite de ontem (17), Moro fez palestra na Universidade Federal do Paraná (UFPR) onde é professor, mas não pode falar sobre as investigações da Lava Jato por determinação judicial. Segundo notícias vazadas, a prisão de Lula estava prevista pela Lava Jato para esta quinta-feira e atribui-se ao fato a pressa para antecipar a posse dos novos ministros, de modo que toda a investigação deixa Curitiba e migra para o Distrito Federal, mais exatamente indo cair nas mãos do procurador-geral da República Rodrigo Janot. Daqui em diante, qualquer julgamento será feito no Supremo Tribunal Federal (STF) pela prerrogativa do cargo.
Com a divulgação das conversas telefônicas grampeadas pela Polícia Federal e as falas do atual ministro, um caudal de inimigos vai se formando sobre o caminho de Lula, que atacou ao mesmo tempo os poderes Legislativo (Câmara dos Deputados e Senador) e Judiciário (Supremo Tribunal de Justiça, STF, Procuradoria-geral da União) do país. O contra-ataque dos ofendidos veio em seguida, com duras críticas.
Moro, que na opinião da presidente Dilma Roussef deveria ser preso, conta com o apoio de diversos categorias de magistrados, dos delegados da Polícia Federal que saíram hoje às ruas, dentre tantas outras frente que não toleram mais a situação que o país chegou sob o governo petista de Dilma Roussef e indiretamente de Lula nos últimos tempos. O apoio das ruas é incontestável e o povo dá o tom “somos todos moro”.
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