Quarta-feira, 30 de setembro de 2015, às 16h05


O termo em inglês para mentira é “lie”, no plural “lies”, ou mentiras. Esta é uma expressão forte para europeus e americanos, mas seu efeito parece diluir-se quando se trata da política brasileira, já que mentir parece conjugar-se ao jeitinho brasileiro de fazer as coisas. Mas é bom que se saiba, não é compartilhado por todos os brasileiros.

Gerson Soares

A presidente Dilma Roussef, foi à ONU e poderia ter dito menos mentiras aos representantes dos países da organização. O Brasil carece de líderes que demonstrem verdadeiramente a situação do país ao mundo e com atitude patriótica assumam resolver os problemas internos, antes de bravatear no púlpito das Nações Unidas, envergonhando ainda mais o seu povo que assiste a economia retroceder ao final dos anos 1990 – com desemprego, inflação e descontrole econômico, graças às irresponsabilidades governamentais que estão sendo investigadas em diversos tribunais e CPIs, devido aos escândalos sucessivos.

 

Ilustração: aloart

Ilustração: aloart

 

A Nação brasileira precisa de líderes que tenham humildade suficiente para recomeçar do zero um governo para o povo, em benefício do povo e não direcionado aos cofres de partidos ou de quem quer que seja nas mais diversas esferas dos três poderes ou contas bancárias de aliados políticos. Enquanto são investigadas as más ações anteriores, precisa-se de novas boas ações em prol dos jovens, dos estudantes, dos empresários sérios, das microempresas, das donas de casa que driblam o orçamento para que ele feche no azul a cada final de mês.

Ao invés disso, o que vemos é uma presidente que vai à ONU para “receber de braços abertos os refugiados” e fazer política, posar para fotos, enquanto no seu país pretende cortar em 30% as verbas de um dos sistemas que mais gera educação profissionalizante, cultura e possui uma história vibrante na evolução da economia do país, que é o Sistema S (englobando SESC, SENAI, SESI e SENAC).
Vai à ONU enquanto em seu país pede aumento da carga tributária que já é a maior do planeta, através da criação de mais impostos, para tapar os buracos que o seu governo criou.

Ainda na área da educação, o Pronatec também está no alvo dos cortes de verbas. Esta palavra “Pronatec” foi, talvez, a mais proferida e exaltada por Dilma Roussef em sua campanha presidencial, a fim de angariar os votos das famílias e dos jovens que estudam sob o amparo dessa sigla, que significa: Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, criado em 2011 pelo seu governo.

O PT, partido da presidente, negocia com o PMDB, oferecendo-lhe mais cargos e poder para que intervenha a favor do atual governo que está em péssima situação, principalmente moral, mas também política. Ontem (29), o ministro da Saúde Arthur Chioro, foi demitido por telefone e a vaga deixada por ele tem destino certo: as negociatas políticas que historicamente não beneficiam a população brasileira.

Esta história mereceria mais um livro, apesar de tantos que já foram escritos. A ONU deve prevenir-se contra as mentiras, como está fazendo boa parte do povo brasileiro que pede o impeachment da atual presidente e por consequência desse tipo de governo, como indicam as pesquisas nacionais.


Leia o discurso completo da presidente Dilma Roussef na abertura do Debate Geral Anual da 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas que acontece em Nova York, EUA.

Hipocrisia: presidente Dilma Roussef sorridente ao lado dos jovens campeões brasileiros ao final do WordSkills, em 2 de setembro. Dias depois de posar para as fotos e selfies sorrindo, pede para cortar as verbas dos estudos que os conduziu ao primeiro lugar no evento. Ilustração: aloart

Hipocrisia: presidente Dilma Roussef sorridente ao lado dos jovens campeões brasileiros ao final do WordSkills, em 2 de setembro. Dias depois de posar para as fotos e selfies sorrindo, pede para cortar as verbas dos estudos que os conduziu ao primeiro lugar no evento. Ilustração: aloart

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