Quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018 às 11h45
Com Alckmin na presidência do partido e candidato à presidência da República, depois de quatro vezes governar o seu estado mais pujante, sua vaga é seguida por um rastro de interesses que começam no próprio partido.
Gerson Soares
O anúncio da saída do vereador Mário Covas Neto do PSDB, nesta terça-feira (27) é um sinal de que o partido se deixa levar mais uma vez pelas aspirações de João Doria, prefeito da cidade que jurou, governaria por quatro anos e estes seriam tão bons que não precisaria se reeleger; deixaria ele uma marca indelével no município.
Está deixando. Dentre suas marcas, o rompimento com aquilo que prometeu cumprir quanto ao mandato, mas alega que “a política é muito dinâmica”.
Talvez, devesse ele mesmo dinamizar-se naquilo que disse faria, ao invés da possibilidade que está deixando ao seu sucessor – caso o apoio que recebe agora do governador Geraldo Alckmin lhe trouxer sucesso. Apesar da sua liderança e dinamismo tão propalado não consegue ou não quer resolver os problemas dos quatorze CEUs inacabados no município, para ficarmos só nisso. Enquanto, isso investe em parcerias interessantes, como a privatização de diversos parques municipais, anunciada hoje.
Geraldo Alckmin o quer ao seu lado, até agora. O popular João Doria, que gaba-se por ter levado 12 milhões – o número é da Prefeitura – à Avenida 23 de Maio no Carnaval, interessa para que possa finalmente chegar ao posto máximo da Nação, que pelo trabalho feito nos seus quatro mandatos como governador de São Paulo, mantendo o estado em patamares elevados e a locomotiva no avanço, é um dos poucos nomes de peso ocupar o cargo de presidente da República.
A lealdade pregada por ambos, Dória e Alckmin, já não é a mesma. Os rumos da governança paulista criam efervescência no PSDB que agora perde um expoente, filho de Mario Covas, ícone e fundador do partido. Possível candidato para disputar as prévias ao Governo do Estado de São Paulo, Mario Covas Neto, demonstrou seu descontentamento com a data da convenção partidária que favoreceu Dória, sob a batuta de Alckmin.
Em plenário e publicamente, Mario Covas Neto, deixa claro sua contrariedade quanto a uma possível candidatura de João Doria ao governo e manda um recado no artigo da semana, divulgado no dia 23: “O mesmo faço agora, na gestão do PSDB. Não fui oposição contra tudo e não sou situação a favor de tudo”.
Saiba mais:
Artigo: A relação com o Executivo e a responsabilidade de ser vereador
Mario Covas Neto anuncia saída do PSDB
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Olha esse outro (terceiro mais curtido): Fernando Melo: “Esse aí não passa de um DÓRIA 2, jogaram o Dória pra dividir a direita mas não conseguiu, aí colocaram o Flávio pra fazer o que o Dória não conseguiu! Só que será mais um pois a internet desmente todos, por isso querem regulamentar a internet!
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