Têm início as pesquisas de deslocamento nas regiões metropolitanas para planejar o transporte das próximas décadas. A expectativa é obter dados essenciais para a elaboração de novos Planos Integrados de Transportes Urbanos.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM), por meio da sua Coordenadoria de Planejamento e Gestão (CPG), anunciou o início de uma série de Pesquisas de Origem e Destino (OD) em todas as regiões metropolitanas do estado. A primeira a receber a iniciativa é a Região Metropolitana (RM) de Jundiaí, onde uma reunião com representantes locais neste mês de setembro marcou o começo das discussões técnicas para a coleta de dados.
Entre as Pesquisas OD, a de Jundiaí será inovadora, pois incluirá dados de telefonia móvel para a identificação dos deslocamentos entre os municípios, além dos dados coletados dentro de cada município. Ela impactará diretamente uma população de aproximadamente 843,5 mil habitantes, com uma amostragem de 6 mil domicílios entrevistados. A conclusão está prevista para o final do primeiro semestre de 2026.
O objetivo é levantar informações detalhadas e atualizadas sobre os deslocamentos populacionais, incluindo os motivos das viagens, os horários de início e fim das viagens e os meios de transporte utilizados. As próximas regiões a serem contempladas serão Sorocaba e, na sequência, todas as demais Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo. A previsão é concluir todas as Pesquisas OD até o fim de 2028.
Comunicação
A STM também prevê a comunicação constante com a população por meio da Central de Comunicação, que disponibilizará informações sobre a Pesquisa OD ao público durante o período de realização das pesquisas de campo, das 7h às 19h. A Central contará com dois telefones de contato para atendimento ao público em geral e atendimento aos entrevistados.
“Para planejar o futuro, precisamos entender o presente. As Pesquisas OD são o nosso raio-X da mobilidade metropolitana, permitindo-nos saber como, por que e para onde as pessoas se deslocam. Com esses dados em mãos, saímos do campo da suposição e entramos no planejamento baseado em evidências. É um passo decisivo para construir Planos Integrados de Transportes Urbanos robustos que realmente atendam às necessidades da população, orientando investimentos em transporte público. Estamos começando por Jundiaí, mas nosso compromisso é estender essa ferramenta estratégica a todas as regiões metropolitanas, garantindo mais qualidade de vida e deslocamentos mais inteligentes para todos os paulistas”, afirma Epaminondas Duarte Junior, coordenador da CPG e responsável pelo projeto na STM.
Destaque – Marginal do Rio Tietê, capital de SP – horas perdidas: o congestionamento de veículos forma outros dois rios. Foto: Getty Images / aloart



