Sexta-feira, 1º de abril de 2016 às 09h55 – atualizado às 12h58


Se alguém acredita que uma coisa leva a outra, este é um momento para refletir. Mas para estudiosos a ciência mostra que a falta de prevenção pode piorar as coisas. É o que está acontecendo agora, também com respeito à gripe H1N1 ou influenza A. No final desta matéria, veja como identificar facilmente as diferenças entre esse tipo e a gripe comum.

Gerson Soares

Microcefalia era o assunto do momento, quando outro vírus resolveu ganhar espaço antes da sua hora, o influenza. Muita gente deve ter esquecido do álcool em gel que estava em todos os locais de grande fluxo de pessoas como hospitais, pronto socorros, escolas, nas empresas, assim como residências. A OMS declarou em 2010, o fim da pandemenia que causou pânico em vários países. Mas também recomendou cautela e a vacinação é a melhor arma.

No entanto, a falta das vacinas para atender a demanda e o surto que se alastrou por vários estados brasileiros, agora preocupa as autoridades, que parecem estar sempre surpresas com os fatos ao invés de precavidas. Apesar da comparação não ser totalmente apropriada, com a dengue ocorreu o mesmo despreparo, quanto à produção de vacinas e a busca de soluções para futuras consequências da proliferação do mosquito transmissor. Resultado: espera no mínimo até 2018 para a obtenção de uma vacina segura.

 

Moradores do Tatuapé fazem fila para receber vacina e aguardam abertura da clínica antes das 8h da manhã. Foto: aloimage

Moradores do Tatuapé fazem fila para receber vacina e aguardam abertura da clínica antes das 8h da manhã. Foto: aloimage

 

Os cidadãos estão acorrendo às clínicas particulares para conseguir as vacinas contra o H1N1 e os demais desdobramentos virais do influenza. O motivo é que os lotes recebidos acabam rapidamente. Na manhã de hoje, no bairro do Tatuapé, dezenas de pessoas já estavam na porta de uma clínica de vacinas às 8h da manhã. Tudo para prevenir-se, motivos não faltam, pois a doença chegou pelo menos dois meses antes do esperado – a campanha nacional está prevista para começar no dia 30 de abril até 20 de maio.

Conforme divulgado pela Secretaria da Saúde de São Paulo, em 2016, até 22 de março, foram notificados 324 casos e 42 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Estado de São Paulo atribuíveis ao vírus Influenza. Desse total, 260 casos e 38 óbitos foram relacionados ao vírus A (H1N1). Em 2015, foram 342 casos de (SRAG) notificados em todo o Estado, sendo 190 relacionados ao tipo A (H3N2). Do total de 65 óbitos registrados em 2015, 28 tiveram também relação com o A (H3N2).

Sintomas e transmissão do H1N1

Os sintomas são parecidos com os da gripe comum. O doente apresenta febre, garganta inflamada, tosse, dores no corpo e cabeça, calafrios e fadiga. Diarreia e vômitos também são relatos, pneumonia pode ocorrer em casos mais graves. A transmissão é feita de pessoa para pessoa através de tosses e espirros, como na gripe comum. O uso do álcool em gel foi tão disseminado em anos anteriores, devido ao fato de que é possível pegar a gripe através do toque em objetos infectados e depois transmiti-lo ao organismo levando as mãos à boca e nariz.

Há diferenças de informações, mas de maneira geral o vírus pode permanecer vivo em um ambiente por até 72 horas e em objetos pessoais ou corrimãos, maçanetas, etc., por 10 horas. Clique na imagem abaixo e veja um gráfico divulgado pela OMS que mostra facilmente as diferenças entre as gripes H1N1 e a comum.

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Gripe influenza (H1N1)

 

Governo de SP antecipa vacinação contra gripe. Foto: A2 Fotografia / Milton Michida

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