Sábado | 21 de março, 2020 | 18h56


Acreditamos que a Telemedicina é um recurso disponível aos médicos de inúmeras formas e se desenha nitidamente como uma ferramenta do futuro, já tão próximo e atual.

Gerson Soares

No dia 25 de fevereiro de 2019, o Alô Tatuapé exibiu pela primeira vez dados referentes à Telemedicina. Essa extensa análise, atualizações, debates sobre o tema e ainda outros como, teleconsulta, inovações, tecnologia, acesso e uma gama de conhecimentos na área médica, foram vistos no evento promovido pela Associação Paulista de Medicina (APM) e o Global Summit Telemedicine & Digital Health, tendo como palco principal o Transamerica Expo Center em São Paulo.

 

Foto: Global Summit Telemedicine & Digital Health / divulgação. Arte: aloart

 

O evento ocorreu no dia 3 de abril de 2019. Um ano antes, o Conselho Federal de Medicina (CFM) provocou um grande alvoroço na classe médica com a Resolução 2.227/18, voltou atrás e daí em diante muitas opiniões e atos se desenvolveram quanto à Telemedicina no Brasil.

A atual situação de pandemia, comunidades em quarentena, pessoas em isolamento e receio de haver um colapso dos sistemas de atendimentos hospitalares não só do Brasil, mas no mundo, fazem com que aquele evento tenha sido uma antecipação à necessidade que agora se apresenta.

Experimentamos uma constante alternância de fatos que já não permitem radicalismos ou opiniões imutáveis, diante das novas soluções e oportunidades que surgem a cada dia nos mais diversos setores das atividades humanas.

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Como sabemos, este novo coronavírus fez o mundo se repensar. Arriscamos dizer que fazendo boas e inteligentes reflexões, talvez ainda possamos amenizar e até evitar sérias manifestações naturais; causadas pelo aquecimento global ou o excesso de lixo que está sendo transferido aos mares, exemplificando.

A humanidade passa por intenso treinamento de solidariedade, provocado por um organismo microscópico. A COVID-19, abreviação da "doença de coronavírus 2019" (coronavirus disease 2019) – nome oficial dado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) à enfermidade causada por esse coronavírus recém-identificado –, cuja cepa SARS-CoV-2 da mesma família de vírus (conheça as demais em Telemedicina ou Coronavírus: respostas de valor) derrubou a economia mundial, fez com que os governos de grandes nações e dos países emergentes percebessem sua impotência diante dela.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, deixou uma frase no dia 11 de março quando declarou que o novo coronavírus era uma pandemia: “Estamos nisso juntos”. A Telemedicina pode ser uma ótima aliada para unir e trabalhar contra esse mal.

Acreditamos que a Telemedicina é um recurso disponível aos médicos de inúmeras formas e se desenha nitidamente como uma ferramenta do futuro, já tão próximo e atual. O Alô Tatuapé antecipou-se em 2019, divulgando e criando uma página especial sobre esse tema, a partir do evento ocorrido há um ano em São Paulo.

O CFM agora apoia abertamente o uso da Telemedicina para combater a pandemia e deve ser parabenizado pela atitude e eticidade proporcionada aos médicos. O coronavírus aproximou a Telemedicina dos nossos dias e muito provavelmente esta será uma ajuda muito bem-vinda, um auxílio comum a todos os profissionais de saúde.

Ilustração: aloart

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