Segunda-feira, 1º de fevereiro de 2016 às 17h21
Diretora-geral da Organização Mundial da Saúde afirmou que o vírus está se disseminando “explosivamente”. Brasil registrou o primeiro caso do vírus zika em maio de 2015. Desde então, a doença se espalhou no Brasil e em outros 23 países e territórios da região. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados no Brasil pelo Ministério da Saúde, até 23 de janeiro.
ONU - Brasil
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, anunciou nesta quinta-feira (28) que convocará um Comitê Internacional de Emergência de Regulamento de Saúde sobre o vírus zika e o aumento observado de distúrbios neurológicos e malformações congênitas.
O Comitê se encontrará na segunda-feira, dia 1o de fevereiro, em Genebra para determinar se o surto constitui uma “Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional”.
As decisões referentes aos membros do Comitê e conselhos serão publicadas no site da OMS (who.int).
A diretora-geral da OMS fez um breve histórico sobre o vírus zika, informando que a preocupação relacionada à doença era considerada baixa, com poucos casos reportados e, por isso, difíceis de serem interpretados clinicamente.
“A situação hoje é muito diferente. No ano passado [2015], o vírus foi detectado nas Américas, onde ele está agora se disseminando explosivamente. Até hoje, há casos relatados em 23 países e territórios da região. O nível de alarme é extremamente elevado”, disse Chan.
Em maio de 2015, o Brasil registrou o primeiro caso do vírus zika. Desde então, a doença se espalhou no Brasil e em outros 23 países e territórios da região.
A chegada do vírus em alguns países das Américas, principalmente no Brasil, tem sido associada com o aumento expressivo de nascimentos de bebês com cabeças anormalmente pequenas (microcefalia) e, em alguns casos, síndrome de Guillain-Barré, uma condição pouco compreendida na qual o sistema imunológico ataca o sistema nervoso, às vezes provocando paralisia.
Uma relação casual entre a infeção do vírus zika e a malformação congênita e síndromes neurológicas não foi estabelecida, mas há uma forte suspeita.
Além da possível associação da infecção com as malformações congênitas e síndromes neurológicas, Margaret Chan disse estar preocupada com o potencial em termos de propagação internacional – dada a ampla distribuição geográfica do mosquito vetor –, a falta de imunidade da população em áreas recém-afetadas e a ausência de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápidos.
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