Engenheiro elétrico da Gree Electric Appliances, maior fabricante de ar-condicionado do mundo, explica quais são os critérios que devem observados no momento da compra.
Com a crescente demanda por conforto térmico, a escolha do ar-condicionado ideal para cada ambiente se torna uma decisão importante. Contudo, muitos consumidores enfrentam dificuldades na hora de selecionar o modelo mais adequado, uma vez que existem diversos tipos e potências no mercado. Para ajudar a tomar a decisão certa, o especialista em Engenharia Elétrica e instrutor de treinamento P&D da Gree Electric Appliances, Romenig Bastos de Magalhães, compartilha orientações essenciais para escolher o aparelho ideal, levando em consideração o tamanho do ambiente e as necessidades de cada usuário.
1. Determine o tamanho do ambiente
O primeiro passo para escolher o ar-condicionado ideal é calcular a potência necessária para o espaço. Isso é fundamental para garantir que o aparelho não consuma mais energia do que o necessário e que ofereça o desempenho adequado para resfriar o ambiente de forma eficiente. “Cada ambiente exige uma potência específica, que é medida em BTUs (unidade térmica britânica). A potência do ar-condicionado deve ser compatível com o tamanho do ambiente, para que ele não trabalhe de forma ineficiente e consuma mais energia do que o necessário”, explica Magalhães.
Dicas práticas:
:: Para um ambiente de 10 m², um ar-condicionado de 7.500 a 9.000 BTUs pode ser suficiente;
:: Para ambientes maiores, como salas de 20 m², a potência recomendada é de 12.000 a 18.000 BTUs;
:: Para ambientes ainda maiores, como salas de estar ou comerciais, que podem ter de 30 m² a 40 m², a recomendação é optar por aparelhos de 18.000 a 24.000 BTUs.
2. Considere a exposição solar do ambiente
Outro fator importante a ser considerado na escolha do ar-condicionado é a quantidade de luz solar direta que o ambiente recebe. Ambientes com maior incidência de sol exigem aparelhos com maior potência, já que o calor extra proveniente da luz solar exigirá mais do sistema de resfriamento. “Se o ambiente for exposto ao sol por longas horas, é recomendável aumentar a potência do ar-condicionado para garantir que a temperatura interna permaneça agradável, mesmo com a carga térmica adicional”, orienta Magalhães.
3. Atenção ao tipo de ambiente
A finalidade do ambiente também influencia na escolha do ar-condicionado. Ambientes comerciais, como escritórios ou lojas, podem exigir aparelhos mais potentes para garantir o conforto de várias pessoas ao mesmo tempo. Já em ambientes residenciais, como quartos ou salas de estar, a potência pode ser menor, dependendo do uso. “Em escritórios ou lojas, onde várias pessoas estão reunidas e há equipamentos gerando calor, como computadores, é importante considerar aparelhos de maior capacidade. Para o uso residencial, o mais importante é garantir o conforto térmico de acordo com o espaço disponível”, explica Romenig.
4. Escolha a tecnologia certificada e eficiente
Com a diversidade de modelos disponíveis no mercado, é fundamental optar por aparelhos com tecnologia de baixo consumo energético. Modelos com selo Procel A ou classificação energética mais eficiente garantem que o ar-condicionado consuma menos energia, contribuindo para a redução de custos na conta de luz. “Ares-condicionados com a tecnologia Inverter, por exemplo, são mais eficientes, pois ajustam a velocidade do compressor de acordo com a necessidade de resfriamento do ambiente, economizando até 60% de energia em comparação com modelos convencionais”, comenta Magalhães.
5. Verifique os recursos adicionais
Além da potência, os recursos adicionais também devem ser levados em conta. Funções como modo econômico, função sleep (para ajustar a temperatura durante a noite), e filtros de purificação do ar são diferenciais que podem melhorar a experiência do usuário, tornando o ambiente mais confortável e saudável.
“Funções extras que auxiliam na economia de energia e na purificação do ar, como filtros HEPA ou de carvão ativado, podem ser muito úteis, especialmente para pessoas com alergias ou problemas respiratórios”, sugere Magalhães.
6. Instalação adequada é fundamental
Por fim, não basta escolher o aparelho certo, é essencial realizar uma instalação correta. A posição do ar-condicionado deve ser bem planejada, para que ele possa distribuir o ar de maneira eficiente pelo ambiente. A instalação inadequada pode prejudicar o desempenho do aparelho e aumentar o consumo de energia.
“A instalação deve ser feita por um profissional qualificado. O posicionamento do aparelho, a vedação adequada das janelas e portas, e a escolha do local de instalação são fundamentais para garantir a eficiência energética e o conforto”, orienta Romenig.
Destaque – Imagem: aloart / G. I. / AI image
