Para restaurar os prédios históricos, investimento ultrapassa R$ 100 milhões e vai valorizar a memória urbana preservando exemplares arquitetônicos históricos.
O governo de São Paulo anunciou que vai investir mais de R$ 100 milhões para restaurar 17 imóveis tombados na região central da capital, no entorno do Palácio dos Campos Elíseos. As construções fazem parte da área onde será implantado o Novo Centro Administrativo do Estado — projeto que vai reunir cerca de 22 mil servidores atualmente espalhados por quase 40 prédios diferentes.
A restauração faz parte do compromisso com a preservação da memória urbana, respeitando as diretrizes dos órgãos de patrimônio como Condephaat e Conpresp. A maioria dos imóveis tem uso público atual ou já esteve ligada à história administrativa do Estado.
São antigas residências construídas entre o fim do século XIX e início do XX, com diferentes tipologias e estilos. Os edifícios apresentam elementos típicos da arquitetura eclética e neoclássica, como alpendres laterais, recuos generosos no terreno e o uso de materiais nobres.
Com as obras de restauro, cada imóvel poderá ter novo uso, de acordo com as diretrizes dos órgãos de patrimônio e os termos da parceria com o setor privado.
“Preservar esses imóveis é manter viva a identidade paulista. Estamos tratando de um novo olhar para o centro da capital, que passa pela requalificação urbana com respeito à memória da cidade, pensando no futuro, mas sem esquecer do nosso passado”, afirmou o secretário de Projetos Estratégicos (SPE), Guilherme Afif.
Todos os imóveis serão recuperados seguindo orientações técnicas e legais. Depois de restaurados, poderão abrigar repartições, centros de atendimento ou novos espaços públicos, conforme definido no contrato da Parceria Público-Privada do projeto.

Rua Guaianases, 1112 — Projetada pelo mesmo arquiteto da Fundunesp, essa casa de esquina foi residência de Bento de Almeida Prado, um dos barões de São Paulo. Tem terraços semicirculares nos dois andares e uma implantação que valoriza o terreno. Atualmente, funciona como Casa da Solidariedade, ligada ao Fundo de Assistência Social do Governo, que oferece apoio e programas sociais para pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente crianças e adolescentes.

Av. Rio Branco, 1210 — Construído no fim do século 19 para Dona Chiquinha Ribeiro do Val, figura ligada à elite paulistana, o casarão foi projetado pelo arquiteto Pedro de Mello e Souza. É um dos principais exemplares da arquitetura eclética da região, com recuos em todos os lados e fachada ornamentada. Foto: ICT / Unesp / Divulgação
Destaque – Aspecto da antiga casa da família Toledo Piza é um dos imóveis que serão restaurados, localizado na Rua Guaianases, 1050 e 1058. Foto: Pablo Jacob / Governo SP




