Quarta-feira | 17 de fevereiro, 2021 | 19h


REFORMAS PARA O BRASIL


Em 2019, o Brasil ocupava o 14º lugar no ranking dos 30 países com maior carga tributária do mundo, atrás da Islândia. Por outro lado, ocupava o 30º posto quando é medido o índice de retorno entre aquilo que cobra e o que oferece aos cidadãos.


Gerson Soares

Alguém já deve ter ouvido falar que a Dinamarca é um ótimo lugar para se viver. No entanto, em 2019 era o país com a maior carga tributária do planeta, que correspondia a 45,2% do PIB (Produto Interno Bruto). Então, como isso é possível? Simples, os dinamarqueses ficam felizes em pagar os impostos porque o retorno para o bem estar da população é considerado excelente.

 

Ilustração é alusiva ao dinheiro gasto para sustentar o Estado brasileiro. Enquanto o salário mínimo no Brasil não passa de 11 notinhas de 100 reais (US$ 204), nos EUA ultrapassa os 1.250 dólares. A comparação é pertinente em vários aspectos demonstrados neste levantamento. Imagem: aloimage

 

Dinamarqueses, finlandeses e belgas ocupavam em 2019, as três primeiras posições entre os povos que arcam com maiores cargas tributárias. Mas em contrapartida se sentem satisfeitos, possuem alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), boa qualidade de vida, baixos índices de pobreza e desigualdades sociais.

No mesmo levantamento, o Brasil ocupou a 14ª posição com arrecadação de 35,4% do PIB. Mas ao contrário da Dinamarca, Finlândia e Bélgica, possui baixo IDH, altas taxas de pobreza, uma imensa desigualdade social e ocupa o último posto (30º lugar) no quesito retorno dos tributos pagos e qualidade de vida.

Tomando os últimos 25 anos como referência, apesar do seu enorme potencial, diferente dos demais países, o Brasil continua oferecendo serviços públicos precários e ainda grande parte da população carece de saneamento básico, quando já avançamos para o final do primeiro quartel do século XXI.

O anormal sistema tributário taxa o consumo cobrando dos mais pobres e desfavorecidos, enquanto deixa de taxar com mais igualdade os mais favorecidos financeiramente, criando um sistema insustentável para a superação da desigualdade que acarreta outros fatores, tais como: alta criminalidade, baixos níveis educacionais, baixa produção, entre outras mazelas.


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