Durante a quarta-feira (6), os senadores trabalharam a fim de angariar votos para o impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes, e até agora já conseguiram 41 votos. Depois de alcançarem a maioria dos votos, o líder do PL no Senado, Rogério Marinho e os demais se retiraram da mesa do Plenário.


O objetivo é pressionar o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), a pautar o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Convidados para uma reunião na noite de ontem, os líderes do movimento que começou após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, se recusaram a participar ao lado dos governistas. Eles foram recebidos posteriormente.

Alcolumbre disse aos líderes da oposição que não vai aceitar chantagens. “Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado.” Aos líderes governistas, o presidente do Senado garantiu que não pautará pedidos de impeachment de ministros do STF. Após o desbloqueio do Plenário, Alcolumbre presidiu a sessão deliberativa, marcada para as 11h.

Impeachment

Ainda na manhã desta quinta-feira, em coletiva de imprensa, transmitida pela TV Senado, Marinho falou sobre a possibilidade do impeachment. “Queremos comunicar ao Brasil que nós conseguimos a 41ª assinatura que requer a abertura do processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, pelos crimes de responsabilidade praticados, e a maioria do Senado entendeu que há necessidade de abertura desse processo”, assinalou.

As adesões foram consideradas uma vitória por Marinho, diante do número de senadores adeptos do atual governo. “Esperamos agora que o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, avalie como esse processo deverá ser aberto no futuro”, disse. “É evidente que nós não estamos impondo a nenhum parlamentar que vote a favor, mas não aceitamos que esse projeto não possa ser pautado e votado para que a população brasileira reconheça e entenda a posição de cada parlamentar que representa o povo brasileiro.”

Assista à entrevista completa.

 

 


Destaque – Senadores da oposição concedem entrevista coletiva nesta quinta-feira (17). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado


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