Sábado, 30 de janeiro de 2016, às 10h29
Na paisagem urbanizada do bairro, ainda restam ilhas verdes de tempos passados.
Gerson Soares
Quem teria plantado a árvore tão feliz que existe no Largo Nossa Senhora do Bom Parto, o abacateiro? Há também outras raridades, plantadas há décadas. Mas hoje esta nos chama atenção. Ao pé da frondosa frutífera, a Subprefeitura Mooca estava plantando placas de grama da espécie Santa Esmeralda – assim como ocorria nos demais canteiros do largo.
A beleza dos abacates – ainda crescendo e por isso precisam mais um tempo para a colheita – trouxe ao nosso encontro um dos comerciantes da feirinha e o colaborador da empresa contratada pela Prefeitura. Admiramos juntos por um tempo o contexto daquele cenário atípico no urbanismo do Tatuapé, que deixou para trás as chácaras e a bucólica paisagem de outrora.
Num dos cantos a banca de jornal se esforça em relembrar o passado, fixando imagens antigas do largo, inclusive uma que faz parte do acervo do Alô Tatuapé. No outro, o playground vazio e os poucos jogadores nas mesas reservadas ao carteado e jogos de salão, remetiam a um preguiçoso amanhecer numa cidade distante da urbe.
Para completar a cena, as lonas listradas da feirinha que expõe seus artigos e quitutes às quintas-feiras. Um homem sem camisa carrega a filha nos ombros, visitando as barracas. Uma senhora descansa, com seu olhar perdido, vagando pela praça; incógnita, talvez relembrando sua mocidade. Os demais detalhes desta encenação muda, nos mostra o valor em preservar a memória de um bairro tão peculiar e cativante.
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