Estado é destaque no mercado de trabalho no país com maior número de ocupados com e sem carteira assinada desde 2012. A notícia foi divulgada no dia 17 pelo governo paulista.
No mesmo ritmo, a cidade de São Paulo registrou a menor taxa de desemprego da história e o maior salário médio do Brasil. O levantamento divulgado pela Prefeitura no dia 15 aponta que o município registrou taxa de desocupação de 5,4% no 2º trimestre de 2025 e 6,56 milhões de empregados.
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Os números são da Fundação Seade, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE.
O estado de São Paulo registrou no 2º trimestre deste ano taxa de desemprego de 5,1%, a menor da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Além disso, o indicador do estado foi mais positivo que a taxa de desemprego nacional (5,8%) e da região Sudeste (5,3%).
O total de pessoas ocupadas (incluindo trabalhadores do setor privado e público com e sem carteira assinada, domésticos, informais e por conta própria com CNPJ) também é o maior em 13 anos: 24,353 milhões – alta de 0,8% em relação ao primeiro trimestre deste ano e de 2,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. No país, eram 102,316 milhões, ou seja, o estado responde por 24% do total da ocupação do país.
Já o número de desocupados na força de trabalho no estado é o menor desde 2012: 1,319 milhão de pessoas – queda de 18,3% em relação ao primeiro trimestre e de 19,1% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
O estado registrou ainda o maior número de ocupados com carteira assinada no setor privado desde 2012 e liderou entre as demais unidades da Federação no 2º trimestre – o total ficou em 11,606 milhões de pessoas – alta de 0,7% em relação ao primeiro trimestre de 2025 e de 5,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Maior rendimento médio desde 2015
O rendimento médio em São Paulo ficou em R$ 4.170 – alta de 1,7% tanto em relação ao primeiro trimestre quanto ao mesmo trimestre do ano passado –, maior que o da região Sudeste (R$ 3.914) e da média do país (R$ 3.477). Entre os estados do Sudeste, só perde para o Rio de Janeiro (R$ 4.205). Trata-se do maior rendimento médio no estado em 2º trimestres desde 2015.
Em relação ao rendimento médio real habitual, enquanto no Brasil foi de R$ 3.225 em 2024, no estado de São Paulo ficou em R$ 3.907.
O rendimento de São Paulo é maior que a média do Sudeste (R$ 3.609) e que dois estados que compõem a região: Rio de Janeiro (R$ 3.733), Espírito Santo (R$ 3.231) e Minas Gerais (R$ 2.910).
Menor taxa de desemprego em 12 anos em 2024
Em 2024, o estado de São Paulo registrou a menor taxa anual de desemprego em 12 anos: 6,2%. Foi a menor taxa de desocupação da série histórica, iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2012.
O levantamento mostra ainda que o desemprego paulista foi menor que a média nacional, que ficou em 6,6% no ano passado, e que da região Sudeste (6,4%).
Assim, a taxa de desemprego caiu 1,3 ponto percentual de 2023 para 2024 e 2,9 pontos percentuais entre 2022 e 2024.
Veja as taxas de desemprego ano a ano no estado de São Paulo:
2024: 6,2%
2023: 7,5%
2022: 9,1%
2021: 14,4%
2020: 14,0%
2019: 12,4%
2018: 13,2%
2017: 13,5%
2016: 12,4%
2015: 10,1%
2014: 7,4%
2013: 7,5%
2012: 7,2%
Cidade
Acompanhando o ritmo do Estado de São Paulo, a Capital Paulista também registrou a menor taxa de desemprego da história e o maior salário médio do Brasil. Levantamento aponta que o município registrou taxa de desocupação de 5,4% no 2º trimestre de 2025 e 6,56 milhões de empregados.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o rendimento médio do trabalho principal foi de R$ 5.323, alta de 1,56% em comparação ao período anterior. Esse valor é 31,3% superior à média do Estado de São Paulo e 57,9% acima da média nacional.
Empregos formais
A cidade vem demonstrando bons números com relação a emprego e renda nos últimos anos. De acordo com dados do Novo CAGED, divulgados no início do mês, a capital ultrapassou a marca de 5,029 milhões de empregos formais em junho de 2025, volume 138,2% maior que o do segundo colocado, o Rio de Janeiro.
De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Rodrigo Goulart, a cidade de São Paulo tem tido destaque no cenário nacional com o trabalho diário de diversos órgãos municipais que buscam diminuir burocracias para atrair novas empresas para o município, com segurança jurídica e apoio na implementação a empreendedores de todos os portes.
Desde janeiro de 2020, o estoque de empregos cresceu 19,4% na cidade, acima do aumento registrado na capital fluminense no mesmo período (16,0%). A liderança de São Paulo se mantém folgada também nas admissões: no acumulado de janeiro a junho de 2025, foram 1,477 milhão de contratações, mais que o triplo do segundo colocado, o Rio, que teve 447 mil novos postos ocupados.
Os setores com maior número de pessoas empregadas na capital são Comércio e Varejo (902,2 mil), Economia Criativa (610,3 mil) e Serviços Financeiros e Profissionais (578,5 mil). Infraestrutura e Construção também se destacam, com 569,5 mil empregos formais, seguido por Saúde, Esporte e Qualidade de Vida com 477,9 mil trabalhadores.
Em termos de crescimento desde 2020, os maiores avanços percentuais ocorreram em Infraestrutura e Construção (+31,95%, com mais 137,9 mil empregados), Tecnologia e Inovação (+31,55%, +51,7 mil) e Serviços Financeiros e Profissionais (+24,47%, +113,7 mil). Também se destacam Saúde, Esporte e Qualidade de Vida (+23,71%, +90,7 mil) e Economia Criativa (+19,44%, +99,2 mil).
Destaque – Imagem: aloart / G. I.



