Continuando nossa viagem pelas ilhas da Polinésia Francesa, vamos conhecer Makatea; situada nas Ilhas Palliser, que fazem parte do arquipélago das Ilhas Tuamotu. Makatea foi explorada por seus depósitos de fosfato durante sessenta anos de mineração, o que deixou cicatrizes consideráveis na ilha e em seu povo.
Esta é uma ilha única, acessível somente pelas balsas de carga Mareva Nui e Saint Xavier Marie Stella ou em um catamarã fretado do Taiti. O viajante também pode chegar a Makatea em um barco de pesca poti marara de Tikehau, o atol mais próximo. Ao contrário das outras Ilhas Tuamotu, Makatea é uma ilha alta com um planalto que se eleva a 260 pés acima do nível do mar – equivalente a 79,2 ou um edifício com 26 andares aproximadamente.
Vestígios deixados pela mineração de fosfato. Foto: © MAKATEA Escalade
História da exploração de fosfato
A ilha emergiu do mar há dezenas de milhões de anos, com milhares de toneladas de fosfato envoltos em suas rochas. Essee mineral foi objeto de uma grande operação de mineração, e ainda é possível visitar os vestígios da vila de mineração e ver os milhares de poços que foram deixados para trás quando a mina fechou na década de 1960.
Crateras dos poços de fosfato. Foto: © MAKATEA Escalade
Atualidade: escaladas e turismo sustentável
Deixando essa fase, a atração principal da atualidade são as inúmeras possibilidades de escaladas. O esporte de escalada de penhascos encontrou um lar na Polinésia Francesa, na bela ilha de Makatea, no Pacífico. Há mais de vinte e cinco anos, uma equipe de entusiastas da escalada abriu a primeira trilha, com a ajuda de alguns escaladores locais. Desde então, mais de cem trilhas diferentes foram abertas ao longo dos 16 quilômetros de penhascos. Considerado parte da oferta de turismo ecologicamente responsável nas Ilhas do Taiti, grandes esforços são feitos para garantir que nenhum dano seja causado à flora e fauna.
Paraíso dos escaladores em meio ao Oceano Pacífico. Foto: © MAKATEA Escalade
Documentário
Se você tem interesse em escalada, assista ao documentário Makatea Vertical Adventure (full film 4K), filmado por Guillaume Broust em 2019. Produzido pela Maewan, uma associação criada por Erwan LeLann e Marion Curtois na França. Ele conta a história de como as primeiras trilhas de escalada foram marcadas na ilha e tem como objetivo ajudar na promoção do turismo sustentável. Escaladores famosos como Nina Caprez, Charlotte Durif e Marcos Costa estiveram envolvidos na produção do filme, que também destaca a beleza deste atol de coral. Graças em parte a este documentário, a escalada agora se tornou uma parte essencial da atividade turística em Makatea.
O paraíso dos escaladores
Há mais de cem trilhas de escalada nos cinco locais da ilha. Makatea Escalade cuida dos locais e garante a segurança dos escaladores. Há trilhas para todos, até mesmo iniciantes. A ‘via ferrata’, uma rota de escalada protegida com acessórios e cabos de aço, é uma trilha que todos os escaladores irão aproveitar. As vistas espetaculares sobre o Oceano Pacífico fazem desta uma experiência única e inesquecível.
Escalada próxima à praia e outra com as mãos livres e pés descalços em uma lagoa de água doce. Fotos: © MAKATEA Escalade
Caminhada esportivas
Makatea também é um excelente destino para entusiastas de caminhadas, com várias trilhas desafiadoras, algumas das quais não são adequadas para iniciantes. Pelo caminho você poderá encontrar uma das espécies de plantas endêmicas, o maire mono’i que tem o perfume mais delicioso e é o símbolo da ilha.
Planta Fara, símbolo de Makatea com delicioso perfume. Foto: © Grégoire Le Bacon
Uma das melhores trilhas é para o cume de Puutiare, que fica a 370 pés de altura, de onde a vista é magnífica. Leva cerca de uma hora para chegar ao topo. Outra trilha excelente é Niania, que leva a um mirante panorâmico com uma vista panorâmica gloriosa. A trilha leva cerca de 15 minutos e é muito íngreme e bastante perigosa. Recomenda-se que os caminhantes de todos os níveis usem os serviços de um guia local em Makatea.
Destaque – Vista de Makatea. Foto: © MAKATEA Escalade
Publicação:
Domingo | 4 de agosto, 2024
