Segunda-feira, 7 de março de 2016 às 19h32


Nesta terça-feira, 8 de março, mais uma vez o mundo redobra sua atenção ao comemorar o Dia Internacional da Mulher. São diversos os aspectos que com a simples presença feminina se engrandecem. No entanto, a saúde das mulheres está intimamente ligada ao bem-estar da família, dos filhos e de todos aqueles que podem ter o privilégio de fazer parte desse universo. Leia as recomendações médicas a seguir.

Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, a figura feminina ganha mais destaque na mídia. Por essa razão, este é um excelente momento para falar da saúde delas, especialmente em ginecologia – área considerada a clínica geral das mulheres. Exames preventivos, imunização em dia e hábitos saudáveis são algumas medidas que contribuem ao bem-estar em todas as etapas da vida.

 

Saúde feminina: prevenção deve começar a partir do início da vida sexual. Foto ilustrativa: Martin Boulanger / Getty Images

Saúde feminina: prevenção deve começar a partir do início da vida sexual. Foto ilustrativa: Martin Boulanger / Getty Images

 

Dr. Luciano de Melo Pompei, Coordenador Científico de Ginecologia da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), explica que, em essência, um dos exames mais importantes em termos de prevenção ginecológica para todas as idades é o Papanicolau. Por detectar doenças lesões precursoras do câncer de colo de útero, faz parte da rotina de toda mulher e indicado para mulheres com vida sexual ativa.

“A recomendação da faixa etária para sua realização é variável, cada país adota um critério. No Brasil, o Ministério da Saúde indica a partir de 25 anos, no entanto, na prática, realiza-se a partir do início da vida sexual. E a frequência, de acordo com o MS, segue um intervalo de 3 anos após dois anuais sem alterações”, afirma Pompei.

Os exames de sangue têm maior periodicidade, especialmente os de colesterol, glicose – para rastreamento de diabetes ou pré-diabetes – e creatinina, que investiga a função renal. Quanto mais jovens, o intervalo de repetição é maior. Na pós-menopausa, a orientação padrão é de realização anual.

A partir dos 40 anos, o exame mais recomendado é a mamografia, principal rastreador e responsável pelo diagnóstico precoce do câncer de mama. “Deve ser refeito a cada um ou dois anos. Quando há antecedente familiar de 1º grau (mãe ou irmã), o rastreamento deve ser iniciado 10 anos antes do caso mais jovem da família”, frisa dr. Luciano.

Para as mulheres com mais de 65 anos, é recomendada a densitometria óssea para diagnosticar osteoporose. Antes disso, somente em mulheres que apresentam risco ou algum motivo para suspeitar da doença. Frequentemente, após a menopausa, também é solicitada a ultrassonografia pélvica, especialmente para aquelas que fazem uso de terapêutica hormonal.

Orientação

A consulta ginecológica de cunho preventivo deve ser anual, exceto quando a mulher possui alguma queixa de saúde. “Nesta visita ao ginecologista, ela aproveita para obter esclarecimentos de dúvidas íntimas, avaliação de métodos anticoncepcionais e diversas questões que envolvem a saúde reprodutiva”, avalia o Coordenador Científico de Ginecologia da SOGESP.

Mulheres de todas as idades terão assuntos de seu interesse de acordo com a pauta da palestra. Foto ilustrativa: Slawa Gu / Stock Photos

Mulheres de todas as idades terão assuntos de seu interesse de acordo com a pauta da palestra neste dia 8 de março. Foto ilustrativa: Slawa Gu / Getty Images

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